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Chadwick Boseman conversou com crianças com câncer durante 'Pantera Negra'

Do UOL, em São Paulo

29/08/2020 01h44

O ator Chadwick Boseman, que morreu hoje de câncer no cólon, diagnosticado desde 2016, chorou durante uma entrevista de divulgação de "Pantera Negra", em 2018, ao relembrar o impacto cultural do filme para duas crianças com câncer em estágio terminal.

Boseman contou no vídeo, que voltou a ser divulgado após a morte do ator, que manteve conversas com duas crianças — Ian e Taylor — durante a gravação e o lançamento do filme do Universo Marvel. Depois, os pais das crianças avisaram que elas tinham morrido.

Ele contou que as crianças tentaram resistir o quanto puderam para ver "Pantera Negra", um símbolo do impacto cultural do herói T'Challa. Em 2016, o ator já tinha sido diagnosticado com câncer de cólon e lutou contra isso ao longo dos últimos quatro anos da vida.

"Até certo ponto, você ouve aquilo e pensa: 'Eu preciso levantar e trabalhar. Preciso trabalhar direito'. E ver como nosso elenco trabalhou para fazer algo significativo para essas crianças...", disse Boseman, em entrevista para a SiriusXM.

"Mas ver como o mundo nos abraçou e eu percebo que elas [as crianças] anteciparam algo ótimo. Eu penso como quando criança, ficava esperando pelo aniversário, pelo Natal, por um videogame novo. Eu vivi esperando por isso", disse o ator, antes de começar a chorar. "Sim... significa muito".

No mesmo ano em que descobriu a doença, Boseman encarnou o Rei T'Challa pela primeira vez em "Capitão América: Guerra Civil". A participação no filme iniciava a trajetória do ator no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), acertada inicialmente para cinco filmes.

Entre janeiro e abril de 2017, Boseman encabeçou as filmagens de "Pantera Negra", sucesso de público com mais de US$ 1,3 bilhão arrecadados nas bilheterias ao redor do mundo, e de crítica: o longa de Ryan Coogler concorreu a seis Oscars, incluindo o de melhor filme, levando três estatuetas para casa.

Além da direção e do roteiro, a atuação de Boseman (e de colegas de elenco como Michael B. Jordan e Letitia Wright) arrancou elogios dos críticos.