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Programa de DeGeneres é investigado após denúncias de abuso nos bastidores

A apresentadora Ellen DeGeneres - Reprodução/EllenTube
A apresentadora Ellen DeGeneres Imagem: Reprodução/EllenTube

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/07/2020 19h49

O programa "Ellen DeGeneres Show" está sendo investigado após denúncias de abuso moral contra ex-funcionários virem à tona.

De acordo com a revista "Variety", a WarnerMedia, dona do conglomerado que produz o programa, contratou um consultor externo para falar com antigos e atuais empregados da produção. A intenção é entender como é o ambiente de trabalho nos bastidores.

A polêmica começou quando o site "BuzzFeed" revelou que existe, longe dos olhos do público que acompanha programa liderado por Ellen DeGeneres, uma cultura tóxica de trabalho. A publicação entrevistou dez funcionários antigos e um atual, que alegaram ter enfrentado ou presenciado racismo, intimidação pelos produtores e bullying.

Nos últimos seis meses, várias denúncias contra produtores do show foram publicadas nas redes sociais.

"Aquela m*rda de 'seja gentil' só acontece quando as câmeras estão ligadas. É tudo pelo programa. Eu sei que eles dão dinheiro para ajudar as pessoas, mas é só pelo espetáculo", disse um dos entrevistados pelo "BuzzFeed", que assim como todos os outros, pediu anonimato com medo de represálias na indústria.

Todos culparam os produtores-executivos do programa pelo ambiente tóxico nos bastidores, mas pelo menos um deles afirmou que Ellen não tem controle sobre a situação e, com isso, permite que esse ambiente tóxico seja criado nos bastidores.

"Se ela quer ter seu próprio show e ter o nome dela no título, ela precisa se envolver mais com o que está acontecendo. Eu acho que os produtores executivos que a cercam devem dizer: 'As coisas estão ótimas, todo mundo está feliz', e ela apenas acredita nisso, mas é responsabilidade dela ir além disso'", declarou o ex-funcionário.

Na época da divulgação das entrevistas, o produtor Glavin e as produtoras Mary Connelly e Andy Lassner emitiram um comunicado dizendo que levam as histórias dos funcionários "muito a sério".