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Ator de Friends diz que a série não se esforçou para ter representatividade

David Schwimmer, o Ross Geller de "Friends", comentou a falta de representatividade na série - Reproduação
David Schwimmer, o Ross Geller de "Friends", comentou a falta de representatividade na série Imagem: Reproduação

Do UOL, em São Paulo

07/07/2020 13h23

David Schwimmer, ator conhecido pelo seu papel como Ross Geller na série televisiva "Friends", comentou sobre a falta de representatividade na série. Para ele, a trama não fez esforço o suficiente para representar como protagonistas pessoas que não fossem brancas e heterossexuais.

"Parecia errado não haver representação suficiente no programa", desabafou o ator ao Entertainment Tonight. Ele ainda pontuou que enquanto defendia mais representatividade na série, tentava cercar seu personagem de pessoas que não se encaixassem no perfil das que já existiam na trama.

O ator também explicou que sentiu falta de representatividade nos relacionamentos do personagem que ele interpretava na série — que foi transmitida de 1994 a 2004. "Eu apenas pensei, realmente senti que Ross deveria namorar outras mulheres, de todas as etnias."

Apesar das críticas a essa questão, o ator elogiou a série por abordar temas ligado à sexualidade em seus episódios, vistos como tabu.

"[Friends] estava fazendo algumas coisas incríveis", disse ele à emissora. "Se você se lembra do piloto, meu personagem estava perdendo a esposa para uma mulher. A maneira como eles retrataram o casamento gay no programa e como nós, como família, fizemos funcionar, eu achei ótimo".

Schwimmer, que atualmente trabalha na série britânica "Intelligence", comentou que gostaria de ver uma nova versão de "Friends" com pessoas não-brancas. "Talvez deva haver 'Friends' totalmente negros ou amigos asiáticos", disse o ator.

Falta de reconhecimento

Em janeiro deste ano, o ator deu uma entrevista ao The Guardian com falas próximas à da entrevista ao Entertainment Tonight, no entanto, foi criticado por não reconhecer que, na época de "Friends", havia outra série, "Living Single", na televisão norte-americana com representatividade.

A atriz Erika Alexander, de "Living Single", foi uma das pessoas que criticaram a fala. A série — exibida de 1994 a 1998 — narrava a vida de amigos negros que viviam em Nova York.