Topo

MC Daleste foi sequestrado semanas antes de ser morto, diz família à TV

Funkeiro foi assassinado em julho de 2013, durante um show em Campinas, no interior de São Paulo; caso foi arquivado em 2017 - Reprodução/TV Record
Funkeiro foi assassinado em julho de 2013, durante um show em Campinas, no interior de São Paulo; caso foi arquivado em 2017 Imagem: Reprodução/TV Record

Do UOL, em São Paulo

03/07/2020 20h33Atualizada em 03/07/2020 21h33

MC Daleste, assassinado em julho de 2013 durante um show, foi sequestrado e extorquido semanas antes de morrer. A revelação foi feita pelo pai e pelo irmão do funkeiro ao "Balanço Geral", da TV Record, e podem levar à reabertura das investigações, segundo advogado da família.

Daniel Pellegrini, o MC Daleste, se apresentava a cerca de 5 mil pessoas em uma festa organizada pela prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, quando foi atingido por dois tiros, um de raspão e o outro na barriga. Sua morte completará sete anos na terça-feira (7).

Seu irmão Rodrigo Pellegrini relatou à TV Record que MC Daleste estaria sofrendo ameaças de um grupo criminoso. "Quem são essas pessoas? Quem são essas pessoas que a polícia não investigou", questionou ele à reportagem.

Segundo Rodrigo, Daleste tinha o hábito de guardar dinheiro dentro de casa, em uma caixa de papelão, o que pode ter chamado a atenção de criminosos. Três semanas antes do assassinato, o cantor e a caixa sumiram, e a família suspeita de que a casa tenha sido invadida e Daleste, sequestrado.

O funkeiro teria sumido por "três ou quatro horas", de acordo com Rodrigo. Quando voltou, "nunca deu a entender que estava nervoso", mas indicou que contaria tudo para o irmão — o que não aconteceu.

A família também revelou ter recebido uma ligação telefônica que teria antecipado o crime. Segundo Roland, pai de Rodrigo e Daleste, uma mulher pediu, pouco antes do crime, que o funkeiro fosse retirado do palco.

À época das investigações, a polícia trabalhou com a hipótese de vingança, como lembrou o "Balanço Geral". A suspeita é de que o cantor teria se envolvido com uma garota de programa que seria namorada de um traficante ligado a uma facção criminosa.

Nada foi comprovado e ninguém foi preso. O caso foi arquivado em 2017.

Consultado pela reportagem, o advogado da família Pellegrini, Damilton Oliveira, disse que essas informações trazidas à tona agora podem levar à reabertura do caso.