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Walkman faz 41 anos: você lembra da alegria (e do drama) que era ter um?

O primeiro Walkman lançado pela Sony em 1979 - Reprodução
O primeiro Walkman lançado pela Sony em 1979 Imagem: Reprodução

Leonardo Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

01/07/2020 04h00

Aconteceu há exatos 41 anos. No dia 1º de julho de 1979, a Sony colocou à venda no mercado japonês um aparelhinho curioso, que ganhou o título de walkman. Depois das criações do discman e iPod, a proposta dele pode até parecer banal, mas na época era revolucionária. Que tal fazer as pessoas ouvirem música em um aparelho portátil em qualquer lugar e a qualquer momento dia? Antes, isso era impossível.

E quem teve um sabe: a experiência de colocar uma fitinha no walkman, ajeitar o fone de ouvido e sair por aí curtindo um bom som era única

E novinhos jamais saberão

Vamos relembrar: antigamente, existia uma coisa chamada "formato físico". No caso, uma fita magnética que o walkman transformava em música analógica

A qualidade sonora do walkman não era como a de um som estéreo, mas ninguém ligava porque a portabilidade era o grande atrativo

Ir direto para sua faixa favorita? Sonho. Você tinha de usar os botões "Fast Forward" e "Rewind" para chegar até onde queria. E às vezes só havia um botão para isso

Walkman - Reprodução - Reprodução
Walkman
Imagem: Reprodução

Sim, demorava. Mas você pode fazer outras coisas enquanto isso, como curtir a paisagem ou trabalhar sua ansiedade

Aliás, você sabe dizer qual é a relação entre esses dois objetos da foto abaixo?

Voilà! Quando os botões falhavam ou algo dava errado, você tinha de usar a caneta para ajeitar a fita. Lápis também funcionava

Quando o walkman começava a apresentar problemas, dava para limpar o cabeçote e melhorar a qualidade do som (veja no vídeo abaixo)

Aliás, a ideia do walkman é atribuída ao filósofo germano-brasileiro Andreas Pavel, que criou uma versão precursora e até hoje luta para ter a invenção reconhecida

Andreas Pavel - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Mas voltando: na época do walkman, as pessoas montavam 'mixtapes raiz', gravando coletâneas a partir de LPs, CDs, rádio ou de outras fitas

Se você tem mais de 30, deve se lembrar disto. A lista de músicas e até a arte delas eram de responsabilidade exclusivamente sua

Fita K7 - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Dar uma fita K7 com músicas selecionadas a dedo, por sinal, servia praticamente como declaração de amor

Ana Paula Arósio em propaganda das fitas Basf - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução


Também era uma emoção inenarrável esperar um dia inteiro até sua música favorita tocar no rádio, depois de ajeitar o sinal da antena, para poder gravar e depois ouvir no walkman

Mas, claro, nem tudo eram flores. As rádios tocavam músicas editadas, quase sempre com o locutor entrando antes do fim. Dava muita raiva

Outro drama: quando você confundia a fita e gravava sem querer algo em cima da música que esperou dias para tocar no rádio

Aliás, muitas pessoas guardavam as fitinhas em caixas ou gavetas como esta, organizadas pela ordem que lhe desse a telha. E era lindo

Fitas K7 - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Mas nem tão lindo assim era quando o walkman começavam a comer a fita. E ela ficava desse jeito. Daí só usando caneta ou lápis para arrumar

Fita K7 - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Lembra que, em em alguns aparelhos, quando você apertava o play parcialmente, a fita tocava acelerada e com voz de Pato Donald? Você já se divertiu com isso?

Saudades, walkman e fitas K7