Traficante de escravos tem nome retirado da fachada de sala de concertos
A sala de concertos Colston Hall, em Bristol, no Reino Unido, removeu na manhã de hoje o nome do traficante de escravos Edward Colston (1636-1721), que nomeia o espaço, de sua fachada. O ato cumpre uma promessa feita há três anos, mas que ainda não havia sido realizada.
"O salão foi construído 150 anos após a morte de Colston e não recebeu dinheiro dele para sua criação. Não podemos continuar sendo um monumento à sua memória", disse a sala de concertos por meio de um comunicado em seu site.
Natural de Bristol, Edward Colston foi sócio da Royal African Company, a principal empresa de tráfico de escravos africanos de sua época.
No dia 7 de junho, uma estátua de Colston em Bristol foi jogada em um rio da cidade em meio à onda de protestos antirracistas no Reino Unido após a morte do segurança negro George Floyd, que foi asfixiado por um policial branco nos Estados Unidos.
Em junho de 2017, o Colston Hall já havia anunciado que iria mudar o nome do espaço por achar que o nome do traficante de escravos não condizia com uma organização "com visão de futuro e aberta". Na época, a sala de concertos disse que a mudança só seria concretizada neste ano.
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