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Traficante de escravos tem nome retirado da fachada de sala de concertos

"Não podemos continuar sendo um monumento à sua memória", disse a sala de concertos britânica em um comunicado - Divulgação/Colston Hall
"Não podemos continuar sendo um monumento à sua memória", disse a sala de concertos britânica em um comunicado Imagem: Divulgação/Colston Hall

Do UOL, em São Paulo

15/06/2020 08h22

A sala de concertos Colston Hall, em Bristol, no Reino Unido, removeu na manhã de hoje o nome do traficante de escravos Edward Colston (1636-1721), que nomeia o espaço, de sua fachada. O ato cumpre uma promessa feita há três anos, mas que ainda não havia sido realizada.

"O salão foi construído 150 anos após a morte de Colston e não recebeu dinheiro dele para sua criação. Não podemos continuar sendo um monumento à sua memória", disse a sala de concertos por meio de um comunicado em seu site.

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Natural de Bristol, Edward Colston foi sócio da Royal African Company, a principal empresa de tráfico de escravos africanos de sua época.

No dia 7 de junho, uma estátua de Colston em Bristol foi jogada em um rio da cidade em meio à onda de protestos antirracistas no Reino Unido após a morte do segurança negro George Floyd, que foi asfixiado por um policial branco nos Estados Unidos.

Em junho de 2017, o Colston Hall já havia anunciado que iria mudar o nome do espaço por achar que o nome do traficante de escravos não condizia com uma organização "com visão de futuro e aberta". Na época, a sala de concertos disse que a mudança só seria concretizada neste ano.

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