Beyoncé publica carta pedindo justiça por jovem negra morta pela polícia
Beyoncé enviou uma carta aberta para o promotor chefe do estado de Kentucky (EUA), Daniel Cameron, pedindo justiça no caso de Breonna Taylor, uma jovem paramédica negra que foi morta pela polícia em seu próprio apartamento, em março.
O texto foi postado no site oficial da cantora, e detalha três pedidos para o promotor: a punição formal dos policiais Jonathan Mattingly, Myles Cosgrove e Brett Hankisson, que participaram da ação; um comprometimento com a transparência no processo criminal contra eles; e o início de uma investigação sobre a forma como a polícia de Louisville originalmente tratou o caso, além das "técnicas e práticas que resultam nas mortes repetidas de cidadãos negros".
"A Sra. Taylor não conseguiu processar o seu luto. Ao invés disso, ela está trabalhando incansavelmente para conseguir apoio de seus amigos, seus familiares, sua comunidade e seu país para exigir justiça", escreveu Beyoncé.
"Com cada morte de uma pessoa negra nas mãos da polícia, temos duas tragédias: a morte em si, e a injustiça que se segue. Senhor promotor, esta é a sua chance de quebrar este padrão. Tome decisões rápidas e decisivas. Os próximos meses não podem ser iguais aos três últimos", completou.
O caso
Na carta, Beyoncé também relembra os detalhes do caso, em que oficiais da polícia de Louisville entraram no apartamento de Taylor com um mandado especial que permitia que eles estivessem disfarçados e não precisassem bater à porta. Os policiais dispararam 20 tiros dentro do apartamento, e atingiram Taylor, que estava dormindo e desarmada, oito vezes.
Uma lei passada recentemente pelo governo de Louisville proíbe este tipo de mandado. "Estes pequenos passos na direção certa são também um lembrete doloroso de que não tivemos justiça para Breonna Taylor e sua família", argumentou Beyoncé na carta.
A cantora também atacou a força policial de Louisville por seus relatórios do caso. Segundo ela, o registro oficial diz que Taylor não foi ferida no ataque, e que os oficiais se anunciaram antes de entrar no apartamento — testemunhas, incluindo o namorado de Taylor, que estava com ela, falam o contrário.
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