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Morre Lennie Niehaus, compositor de trilhas para filmes de Eastwood, aos 90

10.08.2000 - Lennie Niehaus toca piano na frente de um pôster de "As Pontes de Madison" (1995) - Los Angeles Times via Getty Images
10.08.2000 - Lennie Niehaus toca piano na frente de um pôster de 'As Pontes de Madison' (1995) Imagem: Los Angeles Times via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

01/06/2020 15h10

O saxofonista Lennie Niehaus, mais conhecido por compor trilhas sonoras de vários longas de Clint Eastwood, incluindo "Os Imperdoáveis" (1992) e "As Pontes de Madison" (1995), morreu aos 90 anos de causas naturais. A família confirmou a notícia ao The Hollywood Reporter.

Niehaus conheceu Eastwood nos anos 1950 — o cineasta foi o seu instrutor de natação enquanto os dois serviam ao Exército dos EUA. Um amor mútuo pelo jazz selou a amizade entre eles, Niehaus se tornaria um colaborador frequente.

Trajetória

Começando como orquestrador, o músico "graduou" para a posição de compositor principal das trilhas de Eastwood em "O Cavaleiro Solitário" (1985), e os dois repetiram a parceria em "O Destemido Senhor da Guerra" (1986) e "Bird" (1988), biografia do saxofonista de jazz Charlie "Bird" Parker.

Niehaus também compôs para o amigo as trilhas do faroeste "Os Imperdoáveis" (1992), do romance "As Pontes de Madison" (1995), da ação "Poder Absoluto" (1997), do mistério "Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal" (1997) e do épico espacial "Cowboys do Espaço" (2000).

Após "Dívida de Sangue" (2002), o músico resolveu se afastar do trabalho pesado de composição. Ele seguiu trabalhando com Eastwood como consultor e orquestrador, até se aposentar definitivamente depois de "Gran Torino" (2008).

Prêmios

Embora a Academia do Oscar nunca tenha reconhecido o trabalho de Niehaus com uma indicação, ele chegou a ser nomeado ao BAFTA (o Oscar britânico) por seu trabalho em "Bird".

Na TV, foi premiado com o Emmy pela trilha sonora do telefilme "Vida Boêmia" (1993), que trazia Jeff Goldblum e Forest Whitaker como músicos de jazz. Ele voltou a ser indicado ao prêmio em 2008, por "Mitch Albom's One More Day".