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'Freud': O que é Táltos? Explicamos o final da série da Netflix

Robert Finster como Freud na série da Netflix - Divulgação
Robert Finster como Freud na série da Netflix Imagem: Divulgação

Beatriz Amendola

Do UOL, em São Paulo

31/03/2020 12h00

ATENÇÃO: O texto abaixo contém spoilers de Freud. Não leia se não quiser saber o que acontece.

"Freud", a nova série sensação da Netflix, traz Sigmund Freud (Robert Finster), o pai da psicanálise, como um médico que usa seus talentos para resolver crimes e desvendar uma misteriosa conspiração que se desenrola na Viena de 1880. Mas o final deixa um mistério: o que (ou quem), afinal, é Táltos?

Abaixo, investigamos a questão e explicamos o desfecho da série da Netflix.

Ao longo da série, a médium Fleur Salomé (Ella Rumpf) se vê às voltas com Táltos, que, a princípio, surge como uma presença sobrenatural. No episódio 7, no entanto, Freud a faz perceber que ela e Táltos são a mesma pessoa.

Ella Rumpf como Fleur Salomé em 'Freud' - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

No capítulo seguinte, o último da produção, os irmãos húngaros Viktor e Sophia Szápáry invocam Táltos para provocar o caos em uma festa promovida pelo imperador. Usando a frase "Táltos descerá sobre você", eles fazem com que os convidados entrem em uma espécie de transe e comecem a brigar entre si. Assustador, né?

A situação acaba apenas quando Fleur, ao lado de Freud e das autoridades da polícia, chega ao palácio e diz a frase "Táltos ordena-os a dormir".

Os dois comandos, explica o psicanalista depois, controlavam o lado animalesco dentro de cada um —um o libertava, enquanto o outro o continha, em um processo hipnótico.

Ao fim, Fleur aceita Táltos como parte de si: "Ele é o meu poder, meu fogo, meu... eu".

Nisso, a série se alinha com a definição de Táltos na mitologia húngara: trata-se de uma pessoa com habilidades sobrenaturais, incluindo poderes de cura e mediunidade. Os Táltos ainda poderiam se comunicar com toda a nação húngara caso houvesse uma grande ameaça. Fleur, então, seria um Táltos no sentido mais tradicional da palavra.

O Táltos invocado pelos Szápáry, no entanto, não é nada disso: ele se refere ao lado sombrio e animalesco que todos temos, em nosso inconsciente. Bem apropriado para uma série sobre Freud, não é mesmo?

15 Comentários

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Celso Caramori

Não sou adepto da psicologia/psicanalise , muito achismo, pouco embasamento científico mas a série como entretenimento é de excelente qualidade que prende o espectador do início ao fim. Vale a pena! Vou até pesquisar quem era esse tal de "Freud" kkkk

Bruno Sanches

Pelos comentários aqui postados dá pra ver que a galera entende muito da obra do Freud mas quase nada de entretenimento. Foi a mesma "polêmica" com Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros... pra mim a série é espetacular em muitos aspectos: roteiro, fotografia, efeitos visuais, trilha incidental, figurinos, sem contar nas atuações extremamente complexas de boa parte do elenco, em especial Ella Rumpf (Fleur Salomé). Eu que sou leigo em psicanálise, depois de assistir a série fiquei bastante instigado pela obra do Freud. Talvez eu seja mesmo o público da série. AMEI!