Playboy encerra edição impressa após 66 anos
A Playboy vai encerrar a edição impressa de sua revista nos Estados Unidos, anunciou hoje o CEO Ben Kohn, em uma medida que ele disse ter sido acelerada por perturbações econômicas provocadas pela pandemia do novo coronavírus.
Segundo informações do site The Wrap, a edição desta semana será a última da revista, que vem enfrentando dificuldades nos últimos anos, antes mesmo da morte do fundador, Hugh Hefner, em 2017.
"Na semana passada, à medida que a pandemia de coronavírus interrompia a produção de conteúdo, fomos forçados a acelerar uma conversa que estamos tendo internamente: a questão de como transformar nosso produto de impressão americano", disse o CEO. "Decidimos que nossa edição da primavera de 2020, que chega às bancas dos EUA e como download digital esta semana, será nossa publicação impressa final do ano nos EUA."
A revista passa agora a ter "agenda de publicação digital", informou a empresa.
Lançada em 1953, a Playboy se tornou sinônimo de revista masculina no mundo. A publicação ousou na época ao associar mulheres nuas ao estilo de vida norte-americano. Foi fundada pelo milionário Hugh Hefner, que morreu de causas naturais, em casa, a Mansão Playboy, em Los Angeles, em 2017.
A primeira edição da revista, em dezembro de 1953, teve Marilyn Monroe na capa. As fotos, tiradas quatro anos antes, foram compradas a preço baixíssimo. As 50 mil cópias da revista se esgotaram rapidamente, fazendo com que a Playboy se tornasse um sucesso instantâneo.
Nas décadas seguintes, centenas de mulheres, famosas ou não, posaram para a publicação.
A revista chegou ao Brasil no final da década de 70. A última edição brasileira teve Renata Longaray na capa.
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