Cortella: "Ser humano está caminhando rapidamente em direção à extinção"
O escritor e filósofo Mário Sérgio Cortella fez uma análise do atual cenário da humanidade e sua relação com os avanços tecnológicos. Para ele, o apego às tecnologias pode ser danoso para a evolução da sociedade.
"O ser humano está caminhando rapidamente em direção à extinção. Essa facilitação toda dada pela tecnologia tirará de nós um pouco da nossa vitalidade. [...] O mundo facilitou algumas coisas, mas ele também trouxe encrencas do outro lado. Temos como exemplo famílias inteiras que saem de casa para comer comida caseira. Isso é uma forma de demência", afirmou, em entrevista ao Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, hoje.
Cortella fez uma relação entre a dependência que os humanos têm com a tecnologia com a que os cachorros possuem com seus donos. "A ciência já provou que, se o ser humano desaparecer, os cães também desaparecem. A dependência deles conosco é tamanha que eles desaparecerão pela incapacidade de viver sem nós. Nós também estamos nos tornando dependentes de uma relação imediata de aplicativos tecnológicos. Hoje, se termina a energia elétrica, em um apagão, por exemplo, na cidade de São Paulo, ficamos incapazes de fazer 90% das coisas. A gente não come, não se movimenta, não se comunica? portanto, estamos ficando reféns e isso é perigoso", afirmou.
Novo livro
O filósofo lança hoje seu 44° livro. Escrito ao lado do jornalista Paulo Jebaili, a obra Ainda Dá! A Força da Persistência traz reflexões sobre como persistência e talento são complementares no ambiente profissional e em outras áreas da vida cotidiana.
Na entrevista no "Pânico", Cortella explicou que a ideia da publicação é fazer uma abordagem sobre dois pontos de vista. O primeiro, sob a perspectiva de que as pessoas ainda têm tempo para realizarem aquilo que almejam. O segundo, a ideia de que o esforço pode trazer o sucesso.
"O 'Ainda Dá' é como se fosse um incentivo. Uma marca não só de esperança, mas também de possibilidade. É um livro que serve para ajudar pessoas a fazerem aquilo que queiram fazer", concluiu.
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