Topo

"Parar vai fazer o Skank mais longevo", acredita Samuel Rosa

Samuel Rosa, vocalista do Skank, ensaia com Orquestra Juvenil Heliópolis - Léo Franco/AgNews
Samuel Rosa, vocalista do Skank, ensaia com Orquestra Juvenil Heliópolis Imagem: Léo Franco/AgNews

Do UOL, de São Paulo

21/12/2019 07h38

Samuel Rosa (voz e guitarra), Lelo Zanetti (baixo), Henrique Portugal (teclados) e Haroldo Ferretti (bateria) falaram sobre a decisão de parar com o Skank após quase 30 anos de estrada. No Conversa com Bial de ontem, eles explicaram seus motivos.

"A gente teve tempo para conversar sobre isso e amadurecer essa ideia. A gente olha a trajetória e vê o quanto a banda continua atuante em festivais, nas plataformas. É muito fácil para eu dizer que o Skank continua muito atuante, passados 30 anos. Ninguém é tão popular quando se propõe a tocar mais de 15 anos. Tem uma época que a banda beija o céu, mas não é por causa disso que depois vai se aposentar", analisa Rosa.

"O Skank conseguiu ser relevante para quem escuta, conseguimos um crossover de gerações. Essa parada vai fazer o Skank mais longevo. A gente tem momentos sublimes na carreira. Quando a gente teve esses grandes momentos, comemorou pouco. Podia se abraçar mais. Faltou um pouco isso", avalia o vocalista.

Haroldo acalma os fãs mais fervorosos. "A gente não está planejando parar para sempre. É um tempo para novas ideias virem à cabeça". Henrique completa: "A cada álbum que a gente lança nosso público já se acostumou. Talvez a hora seja para isso, a gente ter mais liberdade, um recomeço".

Samuel discorda que a banda tenha se acomodado ao longo do tempo. "O Skank no pop rock brasileiro é uma das bandas que mais se arriscaram. Pode ser que até nos acusem de uma esquizofrenia musical. Mas não foi uma coisa estudada", garante. Os fãs ainda terão tempo para se despedir, já que a turnê "30 anos" só termina no fim de 2020.