"O Nino poderia ter sido o Harry Potter", diz diretor de Castelo Rá-Tim-Bum
A comparação é inevitável. O bruxinho Nino, de Castelo Rá-Tim-Bum, poderia ter sido o nosso Harry Potter. Acontece que o personagem 100% brasileiro nasceu em 1994, três anos antes do primeiro livro de J. K. Rowling sair, como bem lembrou hoje Cao Hamburger, um dos criadores do Castelo, que ganhou nesta quinta um painel em homenagem aos 25 anos do programa no auditório principal da CCXP 2019 (Comic Con Experience).
"O curioso é que quando estreamos o Castelo, várias TVs americanas procuraram a Cultura para comprar os direitos autorais da obra", comenta o diretor, que disse que as negociações não foram pra frente por causa de questões contratuais com a TV Cultura, que exibia a série é detém os direitos sobre ela.
"Uma das emissoras, inclusive, tinha interesse em adquirir os direitos globais da obra. O Nino poderia ter sido o Harry Potter", confessa Cao sobre o menino de 300 anos da Família Stradivarius.
Apesar de não ter estourado globalmente como o bruxo britânico, Castelo Rá-Tim-Bum virou um fenômeno entre crianças e segue conquistando gerações 25 anos depois. "Às vezes você acha que vai estourar, e não estoura", confessa Cao, que não previu tamanho sucesso quando criou o programa.
Vilões piores que Dr. Abobrinha
Falando um pouco da atualidade da série e dos ensinamentos passados às crianças pelo Castelo Rá-Tim-Bum, Cao lamentou a atual situação do país e comparou alguns dos personagens com quem está atualmente no poder.
"Hoje em dia os vilões que gostariam de destruir o Castelo são piores do que o Dr. Abobrinha. São pessoas maléficas mesmo, que estão inclusive em pastas importantes do governo, como cultura e ciência. O pessoal do Castelo sofreria muito mais com eles do que com o Dr. Abobrinha", comentou o diretor sobre o grande vilão de sua série, vivido pelo ator Pascoal da Conceição.
Sobre educação, Cao vê seu trabalho muito mais voltado ao entretenimento do que à educação, mas diz que quando um programa une essas duas qualidades, é o ideal. "A educação não depende do entretenimento. Cabe a nós cobrar cada vez mais educação pública. Estamos vivendo um pesadelo na educação e na cultura", concluiu.
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