"Fiquei quieto por 45 anos", diz Paulo Coelho sobre Raul Seixas denunciá-lo
O escritor Paulo Coelho comentou hoje, no Twitter, a informação de que teria sido delatado por Raul Seixas durante a Ditadura Militar.
Ele menciona reportagem da Folha de S.Paulo sobre o livro "Não Diga que a Canção Está Perdida", de Jotabê Medeiros, que traz documentos que sugerem a colaboração do cantor morto há 30 anos com os militares.
"Fiquei quieto por 45 anos. Achei que levaria o segredo para o túmulo", escreveu Paulo Coelho.
O livro conta, segundo adiantou o jornal, que o caso teria acontecido em 1974, quando Raul foi convocado ao Dops (Departamento de Ordem Política e Social) para prestar depoimento dobre o disco Krig-ha, Bandolo!, lançado pela dupla no ano anterior e que, àquela altura, já havia vendido 100 mil cópias.
De acordo com documentos expostos no livro, a polícia foi ao apartamento de Paulo Coelho no dia seguinte ao depoimento do cantor, e prendeu sua namorada, Adalgisa Rios. Na mesma semana, Coelho teria entrado em um táxi com Raul Seixas mas, durante o percurso, foi capturado por militares e levado para sessões de tortura que teriam durado duas semanas.
Procurado pela Folha de S.Paulo, o autor de O Alquimista preferiu não comentar o caso, e disse apenas que não é "o tipo de pessoa que gosta de ficar olhando para chagas que já cicatrizaram".
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