Rock in Rio, vaias, chuva e Amazônia: Como foi a estreia de Drake no Brasil
Duas coisas que você precisa saber sobre Drake. Depois de chegar ao Rio em um Boeing 767 particular, o bilionário canadense já estreou em solo brasileiro. E ele fez um show histórico no Rock in Rio, em termos de relevância para o pop atual e sintonia com o público millennial, maioria no primeiro dia de festival. Por uma hora e meia, Drake reinou. Claro: reinou só para os presentes, já que a transmissão pela TV, que aconteceria no Multishow, foi vetada pelo rapper e enfureceu seu fãs. E fotos? Só de celular. Nada de fotógrafos da imprensa e de agências também.
O show bem-sucedido no país significa também uma das últimas barreiras quebradas pelo canadense, que ainda precisa enfrentar de frente o k-pop na Ásia. Nada que não esteja em vias de acontecer.
Chuva pré-balada
Ela começou fina no início da noite e prosseguiu intermitente e mais forte até o momento em que Drake subiu ao palco. Foi quando ela finalmente cessou. "Eu tenho um objetivo aqui. Fazer a maior festa que vocês ja viram". Só quem estava lá viu e ouviu, inclusive algumas vaias que pintaram devido ao atraso de 25 minutos do show. A chuva chegou a voltar mais forte, mas o jogo já estava vencido.
Melhor show da vida?
Drake chegou a interromper a apresentação para um desabafo, que retomou no fim. "Eu estava nervoso nos bastidores por causa da chuva, não sabia se poderia fazer o show que vocês merecem. Mas vocês estão fazendo desse o melhor show que já fiz na minha vida. Na plateia, houve quem entendesse a frase como declaração de amor. Outros ficaram céticos. "Não caiam nessa, gente", disse um fã. A maioria caiu.
Como é o show
Tem cerca de 30 músicas. No Brasil, foram 27, a maior parte emendada em versões curtas, como uma grande jam de beats, flows e melodia. O palco é simples. Nada de projeções mirabolantes. Em algumas músicas, Drake exibiu versos e imagens, em outras, a bandeira brasileira e o Cristo Redentor. Vestindo preto, ele usou de um jogo de luzes básico, com duas dezenas de refletores ao fundo e um DJ. As músicas eram pontuadas por várias explosões de fogos de artifício.
Mensagem pró-Amazônia
Drake tem o costume de falar em suas letras sobre festas, cotidiano, amor, deixando de lado questões políticas típicas do rap, o que ajuda a explicar o sucesso dele entre as mais variadas tribos pop. Mas nem por isso ele deixou de se mostrar atualizado com o noticiário. Uma das mensagens exibidas por ele no telão ressaltou a importância da preservação da floresta amazônica. "O mundo é uma grande floresta e está queimando."
O que bombou
Os hits de Drake trouxeram os primeiros momentos de epifania no público do Rock in Rio. A grande maioria de 100 mil pessoas estava ali para vê-lo. Danças descontroladas, moshs com manos e manas, mãos pro alto no flow, pulos cegos, corinhos. Os hits solo do canadense foram ouvidos em toda a Cidade do Rock, entre eles In My Feelings, One Dance e God's Plan, que encerrou o show. A parceria com Rihanna, Work, também bombou.
Antes do início
Quando um artista está prestes a entrar no palco, é comum a plateia cantar músicas dele ou homenageá-lo com cânticos inspiradas em times de futebol. Não foi o caso, ou quase isso. Celebrando a boa fase do Flamengo no Brasileirão, vários grupos de fãs emendaram músicas cantadas pela torcida nos estádios, incluindo o hino do clube.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.