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Associação publica carta de repúdio à ocupação militar na Cinemateca

Fachada da Cinemateca Brasileira, em São Paulo - Danilo Verpa/Folhapress
Fachada da Cinemateca Brasileira, em São Paulo Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

23/09/2019 19h46

A Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas de São Paulo (ABD) divulgou hoje uma carta de repúdio "ao aparelhamento e intervenção política na Cinemateca Brasileira".

Uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo no dia 6 de setembro revelou que a instituição irá sediar um festival de curtas militares em outubro e que a presença de militares e militantes de direita tem sido constante nos últimos meses.

Para a ABD, a crise na Cinemateca teve início em 2013 quando Marta Suplicy, então ministra da Cultura, ordenou uma auditoria que resultou em cortes no orçamento e demissão de funcionários.

Desde então, a cinemateca vem sendo gerida pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), uma organização social.

Rodrigo Morais, ex-secretário-geral do PSL em São Paulo, trabalha como assessor especial da associação e é responsável pelos projetos.

Por conta da presença de militares e militantes de direita na Cinemateca e dos recentes cortes e mudanças no controle da Ancine e da Funarte, a ABD sugere que o cinema nacional está sendo vítima da "violência material e simbólica dos militantes de extrema-direita".