Chernobyl leva Emmy 2019 de melhor minissérie
Chernobyl, produção da HBO que estreou em maio, levou o Emmy 2019 de melhor minissérie. Com apenas cinco episódios, é um retrato impactante do horror em torno do desastre nuclear de 1986.
"Grande parte do nosso trabalho foi feito na Lituânia, então eu quero agradecer ao país, ao governo e ao povo lituano. Espero que, de alguma forma, mesmo que pequeno, a nossa série tenha ajudado a lembrar as pessoas do valor da verdade e do perigo da mentira. Eu acho que, na televisão, a gente consegue eternizar memórias. É um poder e uma responsabilidade de todos nós. Muito obrigado", disse no palco o criador da série, Craig Mazin.
Chernobyl já ganhou outros dois prêmios importantes nesta noite: melhor roteiro em minissérie pelo trabalho de Craig Mazin e melhor direção em minissérie para Johan Renck.
A minissérie estava bem acompanhada na disputa. Concorriam com ela Olhos Que Condenam, produção de Ava DuVernay (Selma) sobre o caso real de quatro jovens condenados injustamente por um estupro; Fosse/Verdon, um retrato do relacionamento conturbadíssimo entre o diretor Bob Fosse e a dançarina Gwen Verdon; Sharp Objects, a fascinante história de uma repórter que volta a sua cidade natal para investigar um assassinato; e Escape at Dannemora, que relata os eventos que levaram à fuga em massa de uma prisão em Nova York.
A categoria de minisséries se tornou a mais interessante do Emmy nos últimos anos. Sem a necessidade de estender suas histórias por anos a fio, elas exibem uma precisão quase cirúrgica para contá-las. Como bônus, a duração limitada também ajuda a atrair os talentos de Hollywood que normalmente não se comprometeriam a uma produção sem prazo para terminar.
A julgar pela disputa de 2019, o reinado das minisséries no Emmy - e na TV em geral - não deve acabar tão cedo.
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