Sem Feige, sem Stark: O que Homem-Aranha poderá fazer fora do MCU
Enquanto Disney e Sony travam um braço de ferro que deixa o mundo geek aos prantos, os fãs de Homem-Aranha e Vingadores enfrentam a possibilidade real do MCU viver sem o Teioso em seu time.
Desde 2015, a união entre as duas partes para que Homem-Aranha fizesse parte do MCU se provou pra lá de benéfica para todos. Fãs ficaram satisfeitos, Sony emplacou bons filmes depois de alguns deslizes e o bolso de todo mundo ficou cheio. Mas, para a Disney, o bolso nunca está cheio o suficiente.
De acordo com o Deadline, assim que esse contrato de cinco filmes terminou, a ideia da gigante produtora é de que um novo contrato entrasse em vigor para que, lá na frente, sobrasse uma fatia maior das bilheterias dos filmes do Teioso.
E são muitos fatores que levaram até este término. E como bem lembra o Guardian, Michael Lynton e Amy Pascal, que fizeram essa aproximação com a Marvel, já não estão mais na Sony, rompendo um forte elo que existia entre as duas companhias.
Enquanto essa briga pública serve para ambas as partes medirem suas forças diante dos fãs, esta nova possibilidade de Homem-Aranha longe do MCU começa a se desenhar. Como será Homem-Aranha sem Kevin Feige no comando? Principal nome da Marvel, ele é visto como responsável por ter salvado a franquia do Homem-Aranha nos cinemas. Como será a vida de Peter Parker sem o chefão da Marvel, o MCU e, claro, sem os Vingadores?
Menos família, mais porrada
Nem tudo pode estar perdido para Homem-Aranha. Embora tenha que se afastar dos outros heróis da Marvel, existe uma oportunidade de um caminho diferente para o Teioso, como aponta um artigo do jornal britânico The Guardian.
"A principal preocupação sem Feige e Pascal é de que a qualidade dos filmes caia. Existe essa possibilidade, mas também há muitas oportunidades", diz o texto assinado por Gretchen Smail.
Longe dos arcos propostos pelos Vingadores, como diz o texto, a Sony teria uma abertura para inovar e apostar em estéticas diferentes para seu super-herói.
"Eles podem se sentir mais livres para produzir algo mais artístico e quem sabe mudar o tom. Quem sabe algo tipo uma versão mais pesada como Venom, assim como a Fox fez o brutal Logan", compara.
O que virá pela frente
Independente do otimismo ou não dos fãs, Tom Holland tem pela frente um contrato para mais dois filmes com a Sony como Homem-Aranha. É claro, depois de um crossover tão bem feito entre os universos, naturalmente vamos sentir falta de Peter Parker fazer referências a Happy Hogan ou Tony Stark.
Fontes anônimas disseram ao site The Hollywood Reporter que a Sony não sentia que "precisava mais da fórmula estratégica de Kevin [Feige]".
E essa pode ser uma situação menos traumática para Sony do que para Disney. Para o Homem-Aranha, a produtora pode expandir seu universo livremente em inúmeros filmes e apresentar novos arcos. Já para a Marvel, o Homem-Aranha se tornou uma peça importante no relacionamento com Tony Stark e fundamental para seus próximos passos. Sendo assim, a Marvel precisa repensar seus futuros filmes, enquanto a Sony desfruta de seu super-herói que teve marcante personalidade moldada durante essa colaboração.
Por outro lado, essas constantes disputas têm causado indisposição com peças importantes, como o próprio Tom Holland, que estaria descontente com a Sony - e chegou a deixar de seguir o estúdio no Instagram.
Agora, os olhos se viram para as notícias da D23, nos Estados Unidos, para ver o que Feige falará sobre o futuro da Marvel, enquanto a Sony assiste tudo a uma distância confortável enquanto pensa no seus próximos passos, possivelmente imaginando Homem-Aranha e Venom dividindo a telona em um futuro próximo. "Eles juntos dão um prospecto muito lucrativo para a Sony. Com certeza eles pensam muito sobre isso", diz o texto do Empire.
Enquanto isso, a Marvel tem várias pontas soltas com Homem-Aranha e deverá tomar uma difícil decisão: explicar sua ausência ou ignorar totalmente sua existência.
No fim das contas, MCU e Sony sobreviverão bem mesmo caso este rompimento se confirme. A parte mais difícil é perceber que a queda de braço entre estúdios poderosos acabará prejudicando mesmo quem está de fora: os fãs.
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