Diretor do terror A Bruxa quase foi barrado de entrar na Polônia por "ser satanista"
O estigma do filme de terror A Bruxa seguiu o cineasta Robert Eggers até a Polônia. O diretor contou ao podcast Deep Cuts que quase foi barrado de entrar no país europeu porque, segundo as autoridades polonesas, ele era satanista.
A confusão aconteceu principalmente porque o Templo Satanista, uma seita norte-americana, endossou o filme oficialmente -- tudo uma jogada de marketing da produtora A24, é claro.
"Nós não tínhamos nenhuma estrela no elenco de A Bruxa. A A24 sentiu que precisavam de algo especial para a promoção do filme, então quiseram que o Templo Satanista nos endossasse oficialmente. Eu não tenho nada contra eles, mas não queria que isso acontecesse", confessou Eggers.
"Eu não queria, da mesma forma que não ia querer que um filme meu fosse apoiado por uma instituição que se denominasse Templo Cristão. Eu tinha vários outros motivos pessoais e filosóficos para isso, mas também disse: 'As pessoas vão achar que eu sou um satanista, p***", continuou.
O marketing conjunto entre a A24 e o Templo Satanista aconteceu mesmo contra a vontade do diretor, no entanto, e logo sua previsão se realizou. "A mulher que comandava o escritório cinematográfico da Polônia disse: 'Não queremos Robert Eggers aqui, porque ele é satanista'", contou.
A história tem um final feliz, no entanto, já que Eggers conseguiu entrar no país europeu. Ele passou "mais de uma semana" tentando convencer as autoridades que não seguia a religião satanista, nem tinha feito um pacto com o diabo -- mas acabou conseguindo.
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