Madonna conta experiências com Weinstein e Trump: "Machos-alfa inseguros"
Em uma nova entrevista com o "The New York Times", a popstar Madonna falou sobre sua convivência com o produtor hollywoodiano Harvey Weinstein e o atual presidente dos EUA, Donald Trump. A cantora colocou os dois na mesma categoria de "machos-alfa inseguros".
Madonna trabalhou com Weinstein durante a produção do documentário "Na Cama Com Madonna" (1991), produzido e distribuído pela Miramax, então administrada por Harvey e Bob Weinstein. "Ele cruzou todo tipo de linhas e barreiras, flertou comigo e fez propostas sexuais", comentou a estrela.
"Ele era casado na época, e eu certamente não estava interessada nos avanços dele", continuou. "Eu sabia que ele fazia o mesmo com outras mulheres na nossa indústria. Todo mundo dizia: 'Harvey pode fazer isso, porque ele tem poder e sucesso, os filmes dele vão bem e todo mundo quer trabalhar com ele'".
"Quando [as denúncias contra o produtor] aconteceram, eu pensei: 'Bom, finalmente'. Não que eu estivesse comemorando, porque nunca vou comemorar algo de ruim acontecendo com alguém. Não é bom karma", disse ainda.
"Por outro lado, achei bom que alguém que estava abusando do seu poder por tantos anos finalmente foi denunciado, e terá que responder por isso", completou.
Quanto a Trump, Madonna negou um rumor, espalhado pelo próprio presidente desde os anos 1990, de que ela teria chamado ele para um encontro. "Eu filmei um comercial para a Versace em uma casa que era propriedade dele, em Palm Beach [EUA]", comentou Madonna.
"Ele ligava o tempo todo, dizia: 'Está tudo bem? Tudo confortável? Você está feliz?'", lembrou ainda. "Eles [Trump e Weinstein] tentavam compensar a insegurança que sentiam. Um homem que se sente seguro, um ser humano que se sente seguro de si, não sai por aí praticando bullying com as pessoas".
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