Topo

Buchecha relembra começo de carreira: "Era pra eu ser um Thiaguinho dos anos 90"

Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

26/04/2019 07h57

Fernanda Souza conversou com dois ícones do funk dos anos 90 no "Vai Fernandinha" de quinta-feira (25). Marcinho e Buchecha falaram sobre o preconceito que o gênero sofria e as dificuldades no início da carreira.

"Fico feliz por ter levantado essa bandeira, lutado por ela em uma época em que o funk era discriminado. Conseguimos quebrar todo esse preconceito. Ainda existe um pouco, mas nem se compara", analisa Marcinho, que penou até ficar conhecido. "Fiquei um ano batendo com o vinil nas portas. Era difícil para caramba essa época".

Com Buchecha, não foi diferente. "Fomos uns dos primeiros. Batia na porta das rádios com fita cassete, as portas fechadas. Foi importante saber que o funk estava chegando em outro patamar". Ele quase seguiu outro caminho. "Era para eu ser um Thiaguinho dos anos 90. Cantava pagode, não era chegado a funk até conhecer [a dupla] Cidinho e Doca", revela.

O ex-parceiro de Claudinho analisa o machismo. "Nossas músicas falam de amor de um jeito bacana, de exaltação às mulheres. Nós, homens, já fizemos mal a vocês mulheres com nosso machismo, como a forma de abordar que a gente acha normal, mas para vocês é uma agressão, porque é mesmo. Quando a gente é moleque, não tem noção. Depois a gente vira pai, esposo e entende o que a nossa mãe, a nossa avó já passou e fez as meninas passarem. A gente tem um déficit impagável".