Em lugar privilegiado, palco eletrônico e DJs atraem público fiel no Lolla
Tradicionalmente dedicado à música eletrônica mas relegado a um "cantinho" do Lollapalooza, o palco Perry ganhou uma área gigante, com luzes, fogos de artifício e efeitos especiais. Com essa localização privilegiada desde o ano passado, os amantes da música eletrônica passaram a enxergar o festival com outros olhos.
Agora, o Lollapalooza atrai um público que vem ao festival para ficar apenas no palco eletrônico e abre mão de shows de figurões como Sam Smith, Post Malone ou Arctic Monkeys.
É o caso, por exemplo, do casal paulistano Maurício Bastos, 31, e Thiara Lovo, 26. Acostumados a frequentar grandes festivais de música eletrônica, como Ultra, Tomorrowland e Electric Zoo, eles viram no Lolla uma chance de assistirem seus DJs favoritos.
"Tiësto e KSHMR são nossos favoritos", disse Thiara, que acabou de voltar com o namorado de um navio de cruzeiro só de música eletrônica. "O festival não tem aquele clima de rave, dá para ver um pessoal diferente curtindo os shows numa vibe bem alto astral", afirmou Maurício. "Não vamos ver nem os outros palcos. Não queremos na saber o que tem para lá. Ficaremos só aqui dançando. Não curtimos rock nem indie", contou.
A possibilidade de dançar mais animadamente foi o que atraiu para o palco também as amigas de Sorocaba, Amanda Souza, 21, e Angélica Fernandes, 29. "Nossos amigos ficaram nos zuando porque viemos no Lolla pra ficar só aqui. De fato, o palco eletrônico é um festival a parte, afastado do resto dos palcos, tem banheiro e comida aqui perto. Não precisamos sair para nada. Além de tudo é mais animado, não tem o pessoal mais desanimado que fica só olhando pro palco e balançando a cabeça".
O palco eletrônico também tem fãs assíduos. É o caso da brasiliense Aline Perez, 26, fanática pelo KSHMR. "Amo esse homem. Já fui em quatro shows dele, vou aonde ele estiver", disse. "A música eletrônica é a minha vida e não tem palco melhor no festival", contou.
Aline disse que até fica com uma dorzinha no coração de não assistir Arctic Monkeys, mas o KHSMR é maior para ela. "A energia do festival é incomparável. Olha aqui meu braço... fico até arrepiada aqui".
O palco eletrônico também é lugar de reunião de família. Foi o caso de Fábio Miranda, 47, e seu filho Bernardo Miranda. 17, que ama música eletrônica.
Fábio, que gosta de jazz, no ano passado deixou o filho sozinho no palco para ver o show do Pearl Jam. Neste ano, ele prometeu ao garoto que iria ficar com ele até o fim no palco eletrônico.
"Eu gosto do clima de festival. Não me importo de ficar só no eletrônico", disse Fábio. Bernardo, que curte muito o estilo, disse que só vai sair dali para três coisas: comer, beber e ir ao banheiro. "Vamos vir amanhã também e ficaremos até o fim do show do Steve Aoki".
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