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DJ Gabe, que tocou no Tomorrowland, é preso em operação contra tráfico de drogas

DJ Gabe, que tocou no Tomorrowland, foi preso acusado de tráfico de drogas - Reprodução/Instagram
DJ Gabe, que tocou no Tomorrowland, foi preso acusado de tráfico de drogas Imagem: Reprodução/Instagram

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

18/02/2019 10h39

O DJ brasileiro Gabriel Antonio Serrasqueiro, mais conhecido como DJ Gabe, foi preso em uma operação da polícia no Rio de Janeiro. De acordo com informações da secretaria de estado da Polícia Civil, uma operação contra o tráfico de drogas, em conjunto com a Polícia Militar e a Guarda Municipal, acabou com cinco presos, entre eles o produtor de música eletrônica.

O caso aconteceu na noite de sábado, na boate La Playa Lounge Bar, em Rio das Ostras, onde o DJ tinha marcada uma apresentação. O músico tem destaque na cena eletrônica, incluindo uma apresentação na versão brasileira do festival Tomorrowland, em 2016.

Durante a operação, também foram presos Márcia Vanessa Correa, Thiago Barbosa da Silva, Rodrigo Muller Barbosa da Silva, Vitor Matias Gama. Eles foram flagrados com drogas e foram apontados como integrantes de uma quadrilha de tráfico de drogas. 

De acordo com o 32º Batalhão da Polícia Militar do Rio, foram recebidas informações de que o local tinha "grande movimentação de traficantes e usuários de drogas". Foram encontrados com os acusados ecstasy, maconha, cocaína, LSD e frascos com "cheirinho da loló". 12 pessoas chegaram a ser conduzidas à delegacia.

Em contato com o UOL, a defesa de DJ Gabe, feita pelo advogado Patrick Berriel, enviou um comunicado: "O conceituado DJ Gabe jamais comercializou qualquer tipo de entorpecente. Está ocorrendo um equívoco na dinâmica do fato apurado pela Polícia Civil, o que será provado durante o processo. Tendo em vista as condições pessoais do DJ, a prisão é absolutamente desnecessária".

O La Playa, em nota, afirma que o local foi alvo da operação policial, mas afirma que ela foi feita "sem qualquer mandado de busca e apreensão", revistando as cerca de 200 pessoas que acompanhavam o show. Diz também que o bar foi fechado momentaneamente, mas não interditado e os donos negaram ter conhecimento da comercialização de drogas por traficantes.

"O La Playa reafirma seu compromisso de respeito às leis e regulamentos próprios de modo a sempre proporcionar entretenimento saudável e de alto nível para o público de Rio das Ostras. O La Playa lamenta que a polícia tenha se utilizado de meio tão coercitivo, constrangedor e desproporcional contra cerca de 200 pessoas para prender somente cinco, em tese, traficantes.  Acreditamos na existência de meios de investigação menos violadores dos direitos e garantias individuais dos cidadãos", completou o comunicado.