Com entrada gratuita, Inhotim reabre neste sábado após tragédia em Brumadinho
Inhotim vai reabrir as portas neste sábado (9) pela primeira vez desde o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). O instituto ficou fechado por duas semanas e chegou a adiar a reabertura, programada inicialmente para 1º de fevereiro.
"Embora ainda consternados por essa tragédia que afetou a todos nós, entendemos a importância e a responsabilidade que uma instituição cultural como o Inhotim tem com a comunidade em que está inserida", analisou em comunicado os responsáveis pelo museu.
"Anualmente, recebemos milhares de visitantes do Brasil e do mundo, movimentando a economia da cidade e fortalecendo a cultura no país", acrescentou o museu. "Estar de portas abertas neste momento ainda tão delicado reforça o nosso compromisso com o município de Brumadinho na certeza do papel da cultura e da educação para o desenvolvimento humano e social."
A reabertura será gratuita para todos os visitantes, funcionando das 9h30 às 17h30. Para chegar ao Inhotim, o acesso pela BR-381 está liberado. Já os acessos via BR-040, passando por Retiro do Chalé, Casa Branca ou Piedade do Paraopeba, estão bloqueados.
Os serviços de transporte da Belvitur e da Saritur serão regularizados a partir deste sábado. Para mais informações, acesse o site inhot.im/comochegar.
O Inhotim
Localizado em Brumadinho, a 1h de Belo Horizonte, o Inhotim foi aberto ao público em 2006. Ao longo dos anos, os 13 hectares originais passaram para 140, abrigando 23 pavilhões de artes e áreas externas, com um público de 2,5 milhões de visitantes em uma década - número ainda mais expressivo por não estar localizado em uma capital.
O instituto tem ampla programação artística e cultural, tendo já exibido instalações de artistas como Robert Irwin e Yayoi Kusama. A parte botânica também é um dos destaques do Inhotim, com cerca de 4.500 espécies, de orquídeas a palmeiras.
Com custo médio de R$ 35 milhões ao ano, o centro cultural se financia através de patrocínios via leis de incentivo à cultura, convênios com o governo, bilheteria e doações - como o programa Amigos do Inhotim, voltado para pessoas físicas.
Em 2018, parte do Inhotim apareceu como cenário de "3%", série brasileira da Netflix. O Instituto foi a locação do Maralto, local onde moram os cidadãos privilegiados no universo distópico da série.
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