Após tragédia em Brumadinho, Instituto Inhotim só deve reabrir em fevereiro
O Instituto Inhotim divulgou um comunicado neste domingo (27) informando que permanecerá fechado pelo menos até quinta-feira (31).
Localizado em Brumadinho (MG) e considerado o maior museu aberto do mundo, Inhotim não chegou a ser atingido pela lama após o rompimento da barragem da Vale, mas foi esvaziado por questões de segurança.
"Em solidariedade à comunidade de Brumadinho e a todos os atingidos pelo rompimento da barragem da Mina do Feijão, o Instituto Inhotim informa que permanecerá fechado, por ora, até quinta-feira 31 de janeiro", diz a nota.
"A Instituição está toda mobilizada para prestar assistência aos atingidos e aos nossos funcionários e funcionárias. Estamos em contato com os órgãos competentes para entender os impactos do desastre e traçarmos conjuntamente medidas para minimizar os danos."
Desde sexta-feira, dia da tragédia, as redes sociais de Inhotim têm funcionado como um canal de informações para voluntários e interessados em fazer doação às vítimas.
"Brumadinho é a casa do Inhotim e de tantas outras vidas e histórias. Enquanto instituição cultural referência na região, que nasceu e se desenvolveu neste lugar, nos comprometemos a utilizar todos os nossos meios possíveis para apoiar na recuperação da cidade e na superação dessa grande tragédia que afeta a todos nós."
Visitantes que já tinham comprado ingressos previamente para visitar Inhotim neste período serão reembolsados. Quem comprou online deve procurar a empresa Ingresso Rápido para ser ressarcido.
Já aqueles que compraram as entradas diretamente na bilheteria do parque devem enviar um e-mail para info@inhotim.org.br.
Museu a céu aberto
Inhotim foi aberto ao público em 2006. Ao longo dos anos, os 13 hectares originais passaram para 140, abrigando 23 pavilhões de artes e áreas externas, com um público de 2,5 milhões de visitantes em uma década - número ainda mais expressivo por não estar localizado em uma capital.
O instituto tem ampla programação artística e cultural, tendo já exibido instalações de artistas como Robert Irwin e Yayoi Kusama. A parte botânica também é um dos destaques do Inhotim, com cerca de 4.500 espécies, de orquídeas a palmeiras.
Com custo médio de R$ 35 milhões ao ano, o centro cultural se financia através de patrocínios via leis de incentivo à cultura, convênios com o governo, bilheteria e doações - como o programa Amigos do Inhotim, voltado para pessoas físicas.
Em 2018, parte do Inhotim apareceu como cenário de "3%", série brasileira da Netflix. O Instituto foi a locação do Maralto, local onde moram os cidadãos privilegiados no universo distópico da série.
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