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Dinho e Digão desistem de participar de tributo ao Charlie Brown Jr.

Leonardo Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

25/01/2019 20h21Atualizada em 26/01/2019 01h55

A apresentação em tributo ao Charlie Brown Jr. com vocalistas convidados, organizada por Alexandre Abrão, filho do vocalista Chorão, sofreu com problemas extra-música nesta sexta-feira (25), na festa de aniversário da cidade de São Paulo realizada no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade. 

Primeiro foi a chuva, que caiu desde o fim da tarde na capital paulista e afastou o parcialmente o público, atrasando em 12 minutos o início da apresentação. 

Segundo: a apresentação sofreu com polêmicas e desfalques. O ex-guitarrista Thiago Castanho se recusou a participar do projeto, que seguirá em turnê a partir de abril, e o vocalista Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, desistiu de cantar horas antes de subir ao palco.

O líder do Capital se justificou. "Começou a rolar o maior bate boca entre eles, a maior bad vibe, a maior treta [...] lamento muito mas não vou cantar, tá um clima muito ruim entre eles e não me sinto sossegado para pisar no palco. Tenho certeza que o Marcão e o Heitor vão arrebentar. Se vocês puderem, colem lá", escreveu o cantor, que apesar da desistência desejou boa sorte aos integrantes originais do Charlie Brown Jr.

Anunciado, Digão, dos Raimundos, também não apareceu. 

Karaokê sob chuva

O show foi conduzido no início pelo vocalista Panda, do grupo La Raza, e foi recheado de hits, que garantindo as mãos para o alto, os coros e muitos e as sessões de aeróbica para a plateia. O grito de "Charlie... Brown", puxado pelo guitarrista Marcão, foi entoada várias vezes. Não importa quem esteja no palco, o fã de Charlie Brown é um fã fiel.

"Papo Reto", "Proibida Pra Mim", "Zóio de Lula" e tantos outros hits da banda santista empolgaram e evocaram nostalgia. Ao menos no que depender do termômetro do público, o sucesso do retorno do Charlie Brown parece garantido. Na turnê deste ano, Panda assumirá os vocais em todas as músicas.

No aniversário de São Paulo, a banda foi completada por Marcão Britto (guitarras), Heitor Gomes (baixo) e Pinguim Ruas (bateria). Aos poucos, eles foram apresentando os convidados para a homenagem.

Di Ferrero cantou "Só por uma Noite" e "Lutar pelo que é Meu", e Supla, sem camisa e de suspensórios, emendou "Rubão" e "Hoje Eu Acordei Feliz". Anunciado horas antes do show, Projota acrescentou pegada pop rap a "Dias de Luta, Dias de Glória" e "Só os Loucos Sabem".

"Sou fã como vocês, estou realizando um sonho em estar aqui cantando a música que canto no meu show", disse ele. Os discursos dos outros integrantes seguiram a mesma vibe da "positividade", palavra repetida diversas vezes ao longo da apresentação. Nada de mensagens políticas.

Com presença de bailarinos street dance em algumas músicas e "beat box" feito pelo baixista Heitor Gomes, banda exibiu no telão vídeos de Chorão e Champignon em shows. Lulu, a filha mais velha de Champginon, subiu ao palco e foi abraçada por Marcão e Alexandre, que pediram palmas.

Ainda houve tempo para um dueto virtual. No telão, Chorão, acompanhado ao vivo pela banda, "cantou" músicas como "Me Encontra" e "Te Levar Daqui". Foi o momento em que o show caiu em energia, para não voltar mais até o fim. O karaokê poderia ter ficado para o meio da apresentação. Debaixo de chuva e passando frio, o público não se queixou.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que estava registrado na matéria, Projota não substituiu Dinho Ouro Preto. O cantor já tinha sido anunciado como convidado do tributo. A informação foi corrigida.