Bryan Singer diz que acusações de assédio aproveitam sucesso de "Bohemian Rhapsody"
Após enfrentar quatro novas acusações de ter assediado sexualmente menores de idade, o diretor Bryan Singer se posicionou sobre a situação.
A última vez que postei sobre este assunto, a revista Esquire estava se preparando para publicar um artigo escrito por um jornalista homofóbico que tem uma obsessão bizarra por mim desde 1997", disse o cineasta em comunicado para o Deadline sobre a reportagem escrita por Alex French e Maximillian Potter.
"Após cuidadosa checagem de fatos e, em consideração à falta de fontes confiáveis, a Esquire escolheu não publicar este pedaço de jornalismo vingativo", acrescentou.
"Isso não impediu que este autor vendesse [o conteúdo] para a revista The Atlantic", continuou a declaração. "É triste que a The Atlantic se rebaixe a este baixo padrão de integridade jornalística. Mais uma vez, sou forçado a reiterar que essa história retoma as afirmações de ações judiciais falsas, executada por um elenco de pessoas de má reputação, dispostas a mentir por dinheiro ou atenção."
'E não é surpresa que, com 'Bohemian Rhapsody' sendo um sucesso premiado, esta peça homofóbica foi convenientemente planejada para tirar proveito de seu sucesso", completou Singer.
Entenda o caso
O cineasta Bryan Singer enfrenta quatro novas acusações de sexo com menores de idade, publicadas nesta quarta-feira (23) em um artigo do "The Atlantic". A matéria traz o nome de apenas um dos acusadores, Victor Valdovinos.
Valdovinos diz ter trabalhado como figurante no filme "O Aprendiz", dirigido por Singer em 1998. Segundo ele, o cineasta apalpou seus órgãos genitais em um momento das filmagens - o rapaz tinha 15 anos na época.
Os outros três acusadores são identificados por pseudônimos: um deles, Andy, diz que também tinha 15 anos quando fez sexo com Singer; outro, Eric, comenta que tinha 17 quando começou um caso com o cineasta, que na época tinha 31 anos de idade; o terceiro homem, Ben, diz que fez sexo oral em Singer quando tinha "17 ou 18 anos".
"Ele enfiava as mãos nas calças das pessoas e apalpava, sem consentimento", conta o último acusador sobre sua experiência com o cineasta. "Ele era predatório no sentido que dava álcool e drogas para as pessoas, e então fazia sexo com elas".
Singer respondeu ao artigo através de seu advogado, Andrew Bettler, que negou todas as acusações. A matéria foi publicada um dia depois do último filme de Singer, "Bohemian Rhapsody", ser indicado a cinco Oscar, incluindo melhor filme e melhor ator (Rami Malek) - veja a lista completa.
O cineasta foi demitido da produção, graças a atrasos e conflitos com a equipe, duas semanas antes do fim das filmagens. Embora tenha sido substituído por Dexter Fletcher ("Voando Alto"), Singer ficou com o crédito final de direção.
Singer tem um histórico de acusações de assédio e abuso sexual envolvendo menores de idade.
Em 2014, Michael Egan processou o cineasta, denunciando que ele teria o estuprado "diversas vezes" durante uma viagem ao Havaí - a acusação foi retirada mais tarde. Já em 2017, Cesar Sanchez-Guzman processou o cineasta por tê-lo estuprado em 2003, durante uma festa em um iate. A ação ainda tramita na justiça americana.
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