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Cientologia culpa série e apresentadora por assassinato de membro

A atriz Leah Remini, acusada pela Cientologia - Divulgação
A atriz Leah Remini, acusada pela Cientologia Imagem: Divulgação

Beatriz Amendola

Do UOL, em São Paulo

15/01/2019 10h44

A igreja da Cientologia, frequentada por famosos como Tom Cruise e John Travolta, acusou o canal A&E e a apresentadora Leah Remini de incitarem o assassinato de um membro da organização com a série "Scientology and the Aftermath".

No dia 4 de janeiro, um segurança que trabalhava na sede da igreja em Sydney, Austrália, foi assassinado. O homem de 24 anos, Chih-Hen Yeh, escoltava uma mulher a uma cerimônia de purificação quando o filho adolescente dela o atacou com uma faca de cozinha. Yeh morreu depois, no hospital.

Em uma carta enviada a Paul Buccieri, presidente do A&E Networks Group, a igreja da Cientologia afirmou que o assassino "disparou insultos religiosos, incitado pelo A&E e pela série de Leahm Remini e Mike Rinder".

O texto ainda afirma que "por anos, os executivos do A&E ignoraram os avisos de que a série estava fomentando preconceito e violência". "Vocês sabiam o que estavam fazendo. A intenção era fomentar o ódio e transformá-lo em dinheiro. Agora, uma pessoa foi assassinada", continua a carta, assinada pela porta-voz Karen Pouw.

No ar desde 2016, "Scientology and the Aftermath" é uma série documental que investiga a igreja da Cientologia e suas controvérsias. Ele é comandado por Leah Remini, atriz e apresentadora que deixou a igreja em 2013, após quase 30 anos.

Procurado pela revista "The Hollywood Reporter", o canal A&E disse que não responderia à carta da Cientologia.