Ex-empresário de Tekashi 6ix9ine afirma em ligação que quer matar o rapper


Rodolfo Vicentini
Do UOL, em São Paulo
28/11/2018 20h07
A Polícia Federal dos Estados Unidos descobriu, através de uma ligação grampeada, que o rapper Tekashi 69 corria risco de vida antes de ser preso. A transcrição da ligação foi obtida pelo TMZ e mostra que o ex-empresário do cantor, Kifano Jordan, queria matar seu antigo cliente.
A conversa se deu entre ele e Jamel Jones, que trabalhou com Tekashi e é membro de uma gangue em Nova York. Na ligação, após Jamel falar que o cantor está ameaçando delatar seus antigos companheiros, Kifano responde: "Eu vou alimentar ele".
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Os procuradores acreditam que o termo "alimentar" ("feed", em inglês) significa que o empresário pretendia atirar no rapper.
O rapper, que está preso e arriscado de pegar de 32 anos de detenção a pena perpétua, lançou nesta terça-feira (28) seu novo disco, "Dummy Boy". O trabalho estava arriscado de ficar engavetado por suas polêmicas, mas apareceu de surpresa nas plataformas de streaming.
Entenda o caso
Preso no último dia 18, 6ix9ine recebeu nesta segunda (26) a notícia de que seu julgamento acontecerá apenas em 4 de setembro de 2019.
As informações foram dadas pelo site TMZ e confirmadas pelo Pitchfork. Em 22 de janeiro, 6ix9ine passará por uma audiência pré-julgamento. Tanto ele quanto os três ex-empresários com quem foi preso se declararam inocentes de todas as acusações.
Os quatro enfrentam acusações de extorsão e posse de armas ilegais, conectadas à gangue norte-americana Nine Trey Gangsta Bloods. A investigação foi uma parceria entre a polícia de Nova York, onde a prisão foi feita, e duas agências federais (a ATF e a Homeland Security).
Após a prisão, 6ix9ine foi transferido de penitenciárias. O rapper estava detido em uma cela comum de um presídio considerado "extremamente perigoso, violento e propenso a fugas", de acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
O novo local em que o rapper foi colocado é comumente usado por aqueles que cooperam com as autoridades. Porém, o advogado de Tekashi, Lance Lazzaro, não confirmou se seu cliente está tentando um acordo com os policiais.