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Satanistas processam Netflix em US$ 50 milhões por remake de "Sabrina"; entenda

Kiernan Shipka é a protagonista de "O Mundo Sombrio de Sabrina", da Netflix - Diyah Pera/Netflix
Kiernan Shipka é a protagonista de "O Mundo Sombrio de Sabrina", da Netflix Imagem: Diyah Pera/Netflix

Rodolfo Vicentini

Do UOL, em São Paulo

08/11/2018 17h28

A seita Satanic Temple processou a Netflix e a Warner em US$ 50 milhões pelo uso da estátua de Baphomet na série "O Mundo Sombrio de Sabrina". As informações são da Variety.

A obra, uma figura com cabeça de bode venerada pelos satanistas, aparece em várias cenas nas quais Sabrina (Kiernan Shipka) circula pela escola de magia que é obrigada a frequentar.

Segundo Lucien Graves, líder da seita, a estátua tem exatamente o mesmo design daquela que se encontra em seu templo em Detroit, nos EUA. Por isso, de acordo com ele, o templo tem os direitos autorais da estátua.

Segundo o processo, o templo criou a estátua entre 2013 e 2014, baseando-se em uma iconografia datada do século 19. A Satanic Temple acredita que o objeto possui diversos elementos que o transformam em uma "expressão original" e sujeito a direito autoral. 

A representação de Baphomet em "O Mundo Sombrio de Sabrina" - Reprodução/Netflix - Reprodução/Netflix
A representação de Baphomet em "O Mundo Sombrio de Sabrina"
Imagem: Reprodução/Netflix

Os documentos oficiais apontam que a obra custa US$ 100 mil para ser projetada e construída. Por fim, o templo alega que sua obra, protegida por direitos autorais, foi copiada a serviço de uma representação estereotipada do mal.

A Satanic Temple está há algumas semanas ameaçando a Netflix com este caso. O grupo ficou conhecido nos Estados Unidos por perturbar governos que permitam adereços religiosos em público. Os integrantes chegaram até a colocar uma estátua de Baphomet ao lado de uma representação dos Dez Mandamentos em Oklahoma, nos Estados Unidos.

Segundo o site oficial, o grupo tem como objetivo "missão encorajar a benevolência e a empatia entre todas as pessoas, rejeitar a autoridade tirânica, defender o bom senso prático e a justiça". A Netflix e a Warner ainda não se manifestaram publicamente sobre o caso.