Último parceiro de Mr. Catra, Misael se despede e mostra o cantor em clipe inédito
Mr. Catra, que morreu no domingo (9) vítima de câncer, aos 49 anos, deixou um trabalho inédito que deve ser lançado em breve. Nos últimos meses de tratamento, o compositor realizou uma parceria com o rapper Misael, de Brasília. O resultado é o clipe da música "Modo Avião", que seria lançado no feriado de 7 setembro, mas foi adiado em razão do estado de saúde debilitado do funkeiro.
Em julho, Catra viajou ao Distrito Federal para a gravação com o cantor de 24 anos, que nos últimos anos despontou no cenário do rap e hoje acumula milhões de visualizações com seus singles no Youtube.
Em entrevista ao UOL por telefone dois dias após a morte do parceiro de trabalho, Misael, que viajou ao Rio para acompanhar o velório e enterro, expressou consideração pelo funkeiro pai de 32 filhos com o lamento de quem perdeu mais do que um ídolo, mas um amigo e conselheiro.
O convívio foi breve, mas cheio de significado para o jovem rapper. "Antes de gravarmos o clipe, ele falou: 'Se você tem um sonho, corra atrás e viva ele'. Isso ficará marcado. Catra foi uma das melhores pessoas que conheci na vida", diz ele.
Misael conta que a parceria nasceu por iniciativa dos empresários dele e de Catra. Ele se orgulha ao dizer que a reação do parceiro ao ter contato com sua sonoridade foi a melhor possível.
"A música passa uma autoestima, fala de uma pessoa que acabou de sair de um relacionamento e está voltando ao seu cotidiano... que vai pegar mulher, curtir e não vai sofrer. Bate muito com ele", diz.
A leveza de Catra, que descobriu o câncer no estômago ao final do ano passado, chamou atenção de Misael. Durante a gravação do clipe, ele diz que o rapper distribuía sorrisos e sua alegria era contagiante. Após o encontro, eles se falaram por mais algumas vezes por vídeochamada.
"Por mais que já estivesse doente ele passava positividade. Estava bastante entusiasmado. Acho que ele nem chegou a ver o clipe", lamenta. "A gente perguntava [sobre o estado de saúde], mas ele sempre falava que estava tudo bem e na melhor situação possível. Além de falar, ele demonstrava que estava bem", ressalta.
Para o rapper, o sentimento que fica por ter sido o último a realizar um trabalho com Mr. Catra é um só: gratidão. "É um privilégio. Eu me sinto privilegiado e honrado", define. "Ele falava que o rap de Brasilia estava em grande crescimento e que ele queria fazer parte desse momento", diz.
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