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5 motivos provam que Aretha Franklin foi a cantora de maior sucesso da música

Osmar Portilho

Colaboração para o UOL

16/08/2018 13h40

O título de rainha do soul é incontestável quando falamos de Aretha Franklin. Com a morte da cantora, que tinha 76 anos, a música mundial perde um ícone que pavimentou o caminho para dezenas de outras vozes de sucesso nos anos seguintes, mas nenhuma trajetória é tão impressionante quanto à dela.

Rainha das paradas

Desde seu início como cantora gospel nos anos 50 até sua versão de 2014 do sucesso "Rolling in the Deep", de Adele, Aretha emplacou simplesmente 73 títulos na lista Hot 100 de R&B da Billboard, sendo que 21 deles estiveram na posição mais alta entre os singles. Na história da parada dos Estados Unidos, ela é a segunda artista que mais aparece no ranking, que é liderado hoje por Nicki Minaj.

A cantora Aretha Franklin - Reprodução - Reprodução
Aretha Franklin teve auge na década de 60
Imagem: Reprodução

Discos, discos e discos

Aretha só parou de produzir tantas canções quando sua saúde a obrigou. Ao todo, foram 42 álbuns de estúdio, 6 discos ao vivo, 45 coletâneas e 131 singles.

A cantora está entre um dos nomes que mais vendeu discos na história: 75 milhões de cópias.

Grammy? São 18

Além dos números incríveis gerados pelo público, Aretha sempre se deu bem com a crítica especializada. No Grammy, são 18 vitórias entre 44 indicações ao prêmio mais importante da música. A primeira vez que levou o gramofone dourado para casa foi em 1968 com "Respect". Daquele ano até 1975, saiu de todas as edições com o Grammy debaixo do braço -- em 1973 foram dois.

Barack Obama cumprimenta Aretha Franklin em registro de 2015 - Mark Wilson/Getty Images - Mark Wilson/Getty Images
Barack Obama cumprimenta Aretha Franklin em registro de 2015
Imagem: Mark Wilson/Getty Images

Identidade e representatividade

"Ninguém personifica mais toda a conexão espiritual afro-americana do que o blues, R&B e o rock. A maneira como as dificuldades e a tristeza ese transformaram em algo belo, cheio de vitalidade e esperança", escreveu o então presidente dos Estados Unidos Barack Obama em 2015, quando Aretha apresentou "Natural Woman" no Kennedy Center.

No auge de sua popularidade, nos anos 60, Aretha teve um papel importante nos movimentos sociais e políticos para ser figura importante nos direitos das mulheres em todo o mundo.

Aretha Franklin na capa da revista Time - Reprodução - Reprodução
Aretha Franklin na capa da revista Time, em junho de 68
Imagem: Reprodução

Além do talento como cantora, Aretha se tornou um ícone do orgulho negro nos Estados Unidos.

Sabe quem foi a primeira negra a aparecer na capa da revista Time? Claro. Aretha Franklin esteve na edição de junho de 1968.

"Tentar amadurecer dói. Você comete erros, tenta aprender com eles, mas quando você não consegue, dói mais ainda. E eu me machuquei bastante", disse ela na ocasião, ainda com 26 anos.

Nos Estados Unidos, são poucos artistas que tiveram a honra de se apresentar na posse de um novo presidente. Aretha o fez três vezes: Jimmy Carter, Bill Clinton e Barack Obama.

Parcerias e covers

A voz de Aretha sempre teve autoridade suficiente para bancar covers de canções já estabelecidas como sucessos. Desde "Bridge Over Troubled Water", de Simon & Garfunkel, e "Border Song", de Elton John, até canções mais recentes, como "Rolling in the Deep", de Adele.

Musicalmente, ela nunca se isolou. Aretha Franklin sempre contribuiu nos estúdios e dividiu o microfone no palco com artistas relevantes independente de gênero musical. A lista inclui Frank Sinatra, Tony Bennett, Eurythimics, George Michael, George Benson, Elton John, The Blues Brothers, James Brown, Whithney Houston, Mariah Carey e Mary J. Blige.