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Disney não vai recontratar James Gunn mesmo com pressão do elenco, diz site

James Gunn, diretor de "Guardiões da Galáxia" e "Guardiões da Galáxia Vol. 2" - Christian Petersen/Getty Images
James Gunn, diretor de "Guardiões da Galáxia" e "Guardiões da Galáxia Vol. 2" Imagem: Christian Petersen/Getty Images

Rodolfo Vicentini

Do UOL, em São Paulo

01/08/2018 18h31

elenco de "Guardiões da Galáxia" pediu, mas ao que tudo indica a Disney não vai voltar atrás no caso James Gunn. Segundo a revista "Variety", a gigante do entretenimento não tem planos de reintegrar o cineasta demitido, depois que comentários antigos feitos por ele no Twitter sobre pedofilia e estupro vieram à tona.

O site aponta que "as brincadeiras feitas por Gunn na internet não condizem com o que é aceito na era #MeToo" e nem com a imagem da Disney. O estúdio acredita ainda que, mesmo com a carta aberta dos atores e atrizes do filme defendendo o amigo, há uma crença de que a equipe vai aparecer para futuras reuniões mesmo se o diretor não voltar para o terceiro filme da franquia.

"Para nossos amigos e fãs: Nós apoiamos completamente James Gunn", começa a carta assinada por Chris Pratt (Senhor das Estrelas), Zoe Saldana (Gamora), Dave Bautista (Drax), Karen Gillan (Nebula), Bradley Cooper (Rocket), Sean Gunn (Kraglin), Pom Klementieff (Mantis) e Michael Rooker (Youndu).

"Nós todos ficamos chocados com sua abrupta demissão, e intencionalmente esperamos para pensar, orar, ouvir e discutir sobre isso. Nesse tempo, nos vimos encorajados pela torrente de apoio vinda de fãs e membros da mídia que gostariam de ver James reinstituído como diretor do 'Volume 3', assim como desencorajados por aqueles que foram tão facilmente enganados e acreditaram nas muitas teorias de conspiração envolvendo-o", diz a carta.

A demissão de Gunn foi aprovada pelo chefe dos estúdios Disney, Alan Horn, e o CEO Bob Iger. A "Variety" acredita que, justamente pela decisão ter saído do alto escalão da companhia, é muito difícil que o cineasta seja realocado na franquia do Senhor das Estrelas.

Alguns dos comentários do diretor foram feitos há dez anos, e voltaram a circular na internet por agitadores da ala conservadora norte-americana. Fontes próximas à Disney garantem que a empresa não sabia desses tuítes ofensivos. 

Por enquanto, o estúdio não tem pressa para encontrar um sucessor para a cadeira de diretor. A "Variety" ainda salienta que rumores indicam que os nomes de Jon Favreau ("Homem de Ferro"), Taika Waititi ("Thor: Ragnarok") e irmãos Russo ("Vingadores: Guerra Infinita") circulam entre possibilidades para responsabilizar pela tarefa.

O terceiro filme não tem data oficial para ser lançado, mas a expectativa é de que chegue aos cinemas em 2020.