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Santoro lembra vaias em exibição de filme: "Minha perna começou a tremer"

Rodrigo Santoro em cena do filme "Bicho de Sete Cabeças" - Reprodução
Rodrigo Santoro em cena do filme "Bicho de Sete Cabeças" Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

06/05/2018 15h58

Rodrigo Santoro recordou uma saia justa que passou durante a exibição de "Bicho de Sete Cabeças" no Festival de Brasília, em 2000. O ator, na ocasião, foi vaiado pelo público que acompanhava o longa.

Santoro lembrou o ocorrido durante o "Altas Horas" deste sábado (5). Antes de o filme começar, o elenco foi chamado ao palco. Os colegas Othon Bastos e Cássia Kiss foram aplaudidos, mas a situação mudou quando o nome do ator foi chamado. "Ouvi uma espécie de um burburinho seguido de uma vaia, uma vaia que foi crescendo, crescendo. Quando estava na metade da escada, minha perna começou a tremer, e eu não entendi o que estava acontecendo. A cabeça disparou".

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Uma vez no palco, a situação não melhorou: "Fui bem vaiado, sem entender o porquê". Rodrigo, desconfortável, deixou o cinema assim que a sessão começou. "Fiquei lá quietinho, tentando entender o que eu tinha feito de errado e me sentindo muito mal". 

Quando a sessão se aproximava do fim, o preparador de elenco Sérgio Penna tentou trazer Santoro de volta, dizendo que a situação havia mudado, mas o ator não quis. Conforme o público saía, porém, o artista foi abordado por um homem emocionado que admitiu ter dado início às vaias e lhe pediu desculpas.

Questionado por Santoro sobre o motivo das vaias, ele explicou que foi uma reação à namorada, que estava muito animada pela presença do ator, na época um galã de TV conhecido por produções como "O Amor Está no Ar" e "Hilda Furacão".

"Isso diz muito sobre preconceito, sobre o papel, a persona pública que eu tinha naquela época, essa coisa do galã", acrescentou Santoro. "Me ensinou muito essa história, porque quando o festival terminou, 'Bicho de Sete Cabeças' ganhou muitos prêmios. E eu saí com um entendimento e um olhar para a profissão muito claro do quanto era importante aquilo que eu fazia e o quanto eu precisava entender que o trabalho fala, o trabalho tem uma voz".