DJ e produtor Avicii morre aos 28 anos
O DJ e produtor musical sueco Tim Bergling, mais conhecido como Avicii, morreu na tarde desta sexta-feira (20), aos 28 anos. Dono de dois dos maiores hits de 2013, "Wake Me Up" e "Hey Brother", ele foi encontrado morto em Omã, país da península Arábica, no Oriente Médio. A causa da morte ainda não foi divulgada.
A notícia foi confirmada pelo representante do artista: "É com profundo pesar que anunciamos a perda de Tim Bergling, também conhecido como Avicii. Ele foi encontrado morto em Muscat, Omã, na tarde desta sexta-feira, 20 de abril. A família está arrasada e pedimos a todos para respeitar a privacidade deles nesta hora difícil. Nenhuma declaração adicional será dada".
Um dos maiores nomes da música eletrônica dos últimos anos, Avicii sofria há tempos de uma pancreatite aguda, causada em parte por excesso no consumo de bebidas alcoólicas. Em 2014, ele passou por cirurgias para remover o apêndice e a vesícula biliar.
Nas redes sociais, artistas e celebridades lamentaram a morte do DJ e lembraram de seu talento. "Uma alma linda, apaixonada e talentosa, com muito mais a fazer. Meu coração está com a família dele. Deus te abençoe, Tim", escreveu Calvin Harris.
Indicado duas vezes ao Grammy por melhor gravação dance, por "Levels" (2012) e por "Sunshine" (2013), ele foi eleito terceiro melhor DJ do mundo pela conceituada revista "DJ Mag" em um ranking dos cem melhores.
Avicii havia anunciado em 2016 que não faria mais apresentações ao vivo. "Eu nunca largarei a música, eu continuarei falando com meus fãs, mas eu decidi que este 2016 será a minha última turnê. Vamos fazer com que as apresentações sejam um estouro. Uma parte de mim nunca poderia dizer nunca, eu poderia voltar, mas eu não irei voltar já”, disse ele na época.
Em 2017, publicou uma mensagem em seu site pessoal afirmando que havia voltado a gravar. "No ano passado, eu parei de me apresentar ao vivo, e muitos de vocês acharam que já era. Mas o fim dos shows nunca significou o fim do Avicii ou da minha música. Em vez disso, eu voltei ao lugar onde tudo fazia sentido: o estúdio. O próximo passo tem a ver com o meu amor por fazer música para vocês. É o começo de algo novo."
Avicii começou a carreira em 2006 e não demorou para se tornar colaborador assíduo de artistas do pop, como Madonna e Coldplay. No rastro de singles que movimentaram a EDM, o primeiro álbum, "True", foi lançado apenas em 2013, alcançando o topo das paradas.
O DJ esteve no Brasil algumas vezes para se apresentar em festivais de música eletrônica. Em 2015, ele chegou a ser anunciado como uma das principais atrações da primeira edição brasileira da EDC (Electric Daisy Carnival), mas acabou cancelando todas suas apresentações no fim daquele ano.
A relação com o Brasil rendeu a canção "Dar Um Jeito (We Will Find a Way)", apresentada durante a cerimônia de encerramento da Copa do Mundo 2014, no Maracanã, no Rio de Janeiro, e cantada em inglês e português. A faixa contou com a participação de Alexandre Pires, Santana e do rapper Wyclef Jean.
Fama e saúde
Nas poucas vezes em que apareceu em público desde sua precoce aposentadoria, Avicii estava muito magro e aparentava saúde frágil. Em 2016, ele falou publicamente sobre os problemas de saúde que o levaram a se afastar da música e sobre sua relação conturbada com a fama.
"Era algo que eu tinha que fazer pela minha saúde. A cena não era para mim. Não tinha a ver com os shows e a música, mas eram as outras coisas cercando isso que nunca foram naturais para mim. Todas as outras partes de ser um artista", revelou ao "The Hollywood Reporter". "Eu sou uma pessoa mais introvertida no geral. Sempre foi muito difícil para mim. Eu absorvi muita energia negativa, eu acho."
No documentário "Avicii: True Stories", lançado em 2017, Levan Tsikurishvili, que dirigiu o filme e era parceiro do DJ, recordou os momentos difíceis que ele enfrentou. "Todo mundo conhecia Avicii, mas ninguém sabia realmente quem o Tim era", afirmou.
"Os jovens podem aprender com ele. A vida pode parecer excitante e glamourosa no Instagram e nas redes sociais, mas você não tem ideia do que acontece por trás. Ele foi o cara que batalhou mais duro que eu já vi. No filme, você o vê trabalhando na cama do hospital. Mas ele não sabia que ele seria esse sucesso. Virou um peso para ele. Ele teve de se achar e (no documentário) tentei explicar como ele se sentia."
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