7 absurdos de "La Casa de Papel" que poderiam ter saído de um novelão
"La Casa de Papel", série espanhola exibida pela Netflix, caiu no gosto dos brasileiros e se transformou em um verdadeiro fenômeno, inspirando famosos e até fantasias de foliões no Carnaval. Mas mesmo quem ama a série precisa reconhecer: há momentos mirabolantes demais que poderiam competir com as invenções das novelas brasileiras -- o que não diminui em nada a nossa diversão.
Veja abaixo alguns desses momentos deliciosamente absurdos. Mas se você ainda não está em dia com a série, pode conferir primeiro a nossa lista das 5 perguntas que ela precisa responder na reta final.
(ATENÇÃO: Há spoilers no texto a seguir. Não leia se não quiser saber o que acontece.)
A conversa telefônica de Salva no ferro velho
Um encontro entre Raquel e o Professor foi marcado em uma conversa telefônica que acontecia... enquanto ele estava em um carro, dentro de um ferro velho, sendo sacudido para cima e para baixo em um guindaste. Sério que Raquel não percebeu nada?
O russo apagando o retrato falado
O mesmo homem que sacudiu o Professor para cima e para baixo, Nikolaj, foi à polícia fazer um retrato falado dele. E até podemos acreditar que Salva tenha conseguido usar o rádio de um carro de polícia para se comunicar com o russo na tenda montada pelas autoridades em frente à Casa da Moeda. Mas que ele tenha feito isso bem na hora que seu retrato estava quase finalizado, no exato instante em que o retratista saiu (sem salvar o arquivo!), o que permitiu ao russo apagar todo o trabalho... é difícil aceitar.
O casal Professor e Raquel
Sim, nós torcemos pela felicidade dos dois! Mas se formos analisar a situação friamente, pela lógica, o envolvimento do casal não faz sentido nenhum: sem tempo para nada, a inspetora vai dar uma chance para o amor justamente durante o maior assalto da história da Espanha? E o criminoso, por outro lado, iria realmente arriscar se expor da forma que o fez, correndo o risco de ser descoberto E de deixar os colegas que estavam na Casa da Moeda sem suporte algum?
Denver tinha que atirar na coxa da Monica?
Nós vimos todos os ladrões tendo aulas de anatomia básica com o Professor – incluindo Denver. Ele pode não ser o mais brilhante do bando, mas com certeza saberia que não era uma boa ideia atirar justamente na coxa de Monica para fazer a encenação de que ela estaria morta. No membro, passa a artéria femoral, importante ligação do coração com a parte inferior do corpo – e um tiro que a atinja pode ser fatal. Custava ter dado um tiro só de raspão? Ou em uma parte menos arriscada do corpo?
A troca das provas
Em (mais uma) coincidência muito feliz, Salva entra na casa em que planejou o crime bem no momento em que os peritos descobrem restos dos papéis que ele queimou incrustados na lareira. Pois bem. Ele então resolve pegar uma carona com o ex-marido de Raquel, que estava transportando as provas, já com o intuito de adulterá-las. O Professor faz o rival encostar ao lado do que parece ser um local abandonado, convenientemente cheio de lixeiras. Ele encontra um jornal velho no meio do lixo e o queima para fazer a substituição. O perito, porém, chega logo em seguida para procurá-lo – e aparentemente não sente nenhum cheiro de queimado. Salva o deixa desacordado para fazer a troca e, também muito convenientemente, acha de primeira a lâmina em que a prova estava. Fácil demais, né?
A descoberta de Raquel
A segunda parte de “La Casa de Papel”, que estreou na última sexta-feira (6), trouxe um momento muito antecipado pelos fãs: quando Raquel finalmente percebe que Salva e o Professor são a mesma pessoa. O problema é que a grande epifania da inspetora foi disparada pela presença de um único fio laranja, de uma peruca que o namorado havia usado para ir disfarçado ao hospital onde Ángel estava internado. Soou forçado.
Tóquio ao estilo “Velozes e Furiosos”
Você é uma ladra entregue à polícia pelos seus colegas. Você é detida, mas acaba sendo libertada; ao tentar falar com o líder do grupo e não conseguir, o que você faz? A) Tenta se esconder; B) Volta à cena do crime. Dramaticamente, a segunda opção é muito melhor, sem dúvidas. Mas a sequência do retorno, apesar de empolgante, também foi difícil de engolir: de moto, Tóquio adentrou o cerco pelo ponto mais policiado e, com uma destreza invejável, conseguiu escapar das balas direcionadas a ela e entrar na Casa da Moeda. Quem sabia que ela pilotava tão bem?
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