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MP-RJ abre inquérito para apurar decisão de não rebaixar escolas no Carnaval

Juliana Paes desfila como rainha de bateria da Grande Rio no Carnaval 2018 - Bruna Prado/UOL
Juliana Paes desfila como rainha de bateria da Grande Rio no Carnaval 2018 Imagem: Bruna Prado/UOL

Do UOL, em São Paulo

04/04/2018 13h05

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) abriu inquérito nesta terça (3) para apurar por que as escolas Grande Rio e Império Serrano, últimas colocadas no Carnaval 2018 do Rio, não foram rebaixadas do Grupo Especial.

A medida do MP-RJ foi motivada por denúncia contra a atitude adotada pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) ao manter as escolas na elite dias depois da apuração, contrariando o regulamento.

Segundo a portaria que determinou a instauração do inquérito, a Liesa pode ter frustrado o direito à informação do consumidor e a transparência da competição.

A decisão polêmica foi tomada após a Grande Rio argumentar que sua apresentação havia sido comprometida pela quebra de um de seus carros alegóricos ainda na concentração. Na reunião da Liesa, apenas duas escolas, Portela e Mangueira, foram contra a anulação do rebaixamento.

A Grande Rio se baseou no precedente aberto em 2017 pela Unidos da Tijuca. A escola solicitou a permanência no Grupo Especial após sofrer um acidente em uma de suas alegorias, que desabou durante a apresentação ferindo 12 integrantes.

A Império Serrano, que não apresentou problemas no desfile, acabou sendo beneficiada pelo chamado “Tapetão”.

A Liesa tem no máximo 30 dias para esclarecer ao Ministério Público fluminense as circunstâncias do não rebaixamento de nenhuma escola de samba do grupo especial.