Topo

Em noite energética, Foo Fighters leva 30 mil fãs à loucura no Maracanã

Dave Grohl agita durante show do Foo Fighters no Maracanã - Bruna Prado/UOL
Dave Grohl agita durante show do Foo Fighters no Maracanã Imagem: Bruna Prado/UOL

Marina Lang

Colaboração para o UOL

26/02/2018 08h40

Como fagulha e combustível, Foo Fighters e Rio de Janeiro provaram, mais uma vez, que são uma combinação inflamável durante uma apresentação cheia de energia no Maracanã neste domingo (25).

“A gente sempre volta para cá, então nem tenho que dizer tchau porque a gente sempre volta”, disse, assertivo e divertido, o líder Dave Grohl. “Esse momento aqui é o verdadeiro Rock in Rio”, ironizou.

O Foo Fighters é uma das bandas de rock mais amadas no Rio de Janeiro -- a ponto de “Learn To Fly”, “My  Hero” e “Monkey  Wrench” serem entoadas em coro por um estádio lotado, num show com mais de duas horas de duração.

Qual banda, enfim, faz com que o Maracanã cante a a capella de “Love of My Life”, do Queen, sem qualquer instrumento? A mesma que, antes, fez o público entoar “Blitzkrieg Pop”, dos Ramones.

Além de hits e covers, quem foi ao estádio em busca de guitarras não se decepcionou. Antes do Foo Fighters, os californianos Queens of the Stone Age entraram no horário do show com precisão mecânica, recorrendo, inicialmente, em três clássicos do álbum “... Like Clockwork”.

Queens of the Stone Age em ação no Rio - Bruna Prado/UOL - Bruna Prado/UOL
Queens of the Stone Age em ação no Rio
Imagem: Bruna Prado/UOL

Havia uma expectativa entre os fãs mais ávidos de que os respectivos vocalistas de cada banda, Dave Grohl e Josh Homme (que são amigos e parceiros de longa data), tocassem juntos -- algo que não aconteceu no Rio.

Homme, por sua vez, nem parecia o polêmico bad boy que chutou a câmera da fotógrafa americana Chelsea Lauren num show na Califórnia, no começo de dezembro do ano passado. Simpático e receptivo ao público, o vocalista do Qotsa se limitou a dar uns socos em alguns bastões verticais de LED minimalistas que enfeitavam o palco da banda.

Não foi a melhor performance do grupo no Brasil. Mesmo assim, o Qsota trouxe músicas do último disco, “Villains”, que não causaram muita comoção no show.

Foram os clássicos como "The Lost Art Of Keeping a Secret”, "No One Knows", “Go With The Flow” -- dos álbuns “Rated R” e “Songs for the Deaf” -- que levaram os fãs do grupo de stoner rock à loucura.

Antes, no começo da noite, a banda brasileira Ego Kill Talent começou sua apresentação com duas faixas potentes de hard rock: "Just to Call You Mine" e "Sublimated". Mas foi o stoner rock sincopado de "We  All" que levantou o público. As guitarras melódicas de "Last Ride" fecharam a apresentação de meia hora do grupo, tida como uma das mais promissoras da nova cena do rock nacional.

Ao menos no Rio, foi possível sacramentar: Foo Fighters é a paixão do rock carioca entoada em voz alta pelo público. A banda retribui e diz que, como sempre, volta logo.

A turnê segue com Foo  Fighters e Queens of The Stone Age tocando em São Paulo (no Allianz Parque, dias 27 e 28 de fevereiro), Curitiba (Pedreira Paulo Leminski, dia 2 de março) e Porto Alegre (Beira-Rio, dia 4).