Topo

Livro de Bruno Borges, o "menino do Acre", entra na lista dos mais vendidos

Reprodução do quadro encontrado no quarto de Bruno, no Acre, com um alien ao seu lado - Reprodução/TV Globo
Reprodução do quadro encontrado no quarto de Bruno, no Acre, com um alien ao seu lado Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

05/08/2017 15h02

O livro "TAC - Teoria da Absorção do Conhecimento", escrito por Bruno Borges, lançado no 20 de junho, entrou em 20º lugar na lista dos 20 livros mais vendidos da semana no ranking elaborado pela PublishNews. 

Capa do primeiro volume deixado por Bruno Borges antes de desaparecer - Divulgação - Divulgação
Capa do primeiro volume deixado por Bruno Borges antes de desaparecer
Imagem: Divulgação
O ranking é feito a partir da soma das vendas em diversas livrarias pesquisadas. De acordo com a família, o volume 2 "Caminho Para a Verdade Absoluta", deverá ser lançado em 60 dias.

Bruno Borges, 25, morador de Rio Branco, no Acre, está desaparecido há quatro meses. Ele saiu de casa sem dar maiores explicações e em seu quarto, os pais encontraram 14 livros escritos à mão e criptografados. No quarto, eles encontraram também uma estátua do filósofo Giordano Bruno. Para a polícia, o sumiço do jovem foi parte de um plano para garantir a divulgação do trabalho deixado por ele. 

A primeira tiragem de "TAC - Teoria da Absorção de Conhecimentos" foi de 20 mil exemplares. A apuração das vendas ocorreu entre os dias 24 e 30 de julho. 

Isolamento é citado no livro

Registrado na Biblioteca Nacional na categoria Filosofia e Teoria da Religião, o livro deve ganhar seguidores no campo espiritual. Na página do Facebook criada pela promover o lançamento, a editora afirma que Bruno teve uma “projeção astral” de fatos e teorias perdidos no passado.

Segundo seu pai Athos Borges, Bruno expressa, no final do livro a necessidade de viver um longo período de isolamento para potencializar os órgãos espirituais e sensoriais. “É uma coisa muito bonita de se ler, só não é bonito de se aceitar como pai e mãe.”

Este é o único ponto de confluência entre a polícia local e a família: Bruno se isolou voluntariamente.

“Isso assusta a gente. Imagina se esse menino passa mal, pegue uma gripe —essa última semana esfriou—, a gente não sabe o que ele está comendo, onde está dormindo”, observa Athos, ao revelar que acredita que o filho não deve voltar tão cedo.

“Já choramos muito, mas a cada dia eu me apaixono mais pelo meu filho, apesar de ele não estar aqui.”