Sinead O'Connor, Brando e até Sartre: Bob Dylan não é o 1° a esnobar prêmio
Vencedor do Nobel de Literatura de 2016, o cantor Bob Dylan foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre o prêmio, que causou burburinho nas áreas da música e literatura.
Com o silêncio do músico, ainda é incerto se a lenda do folk rock vai ou não aceitar a láurea, concedida desde 1901 e uma das mais prestigiosas do mundo.
Caso de fato esnobe a academia sueca, Dylan vai se unir a uma lista de célebres que ignoraram conquistas importantes na área da cultura —ou ao menos para nós, reles mortais.
Veja abaixo alguns deles.
Sartre
A grande recusa da história do Nobel é do escritor e filósofo Jean-Paul Sartre, baluarte do existencialismo. O autor teve de publicar uma carta explicando por que recusou o prêmio de literatura de 1964. No texto, ele alegou que não é papel de um escriba se associar a Real Academia Sueca de Ciências, que, segundo ele, um militante de esquerda, não trata escritores de todas as ideologias e nações de maneira igualitária.
Marlon Brando
No cinema, o Oscar também já teve que lidar com suas recusas. Como esquecer a de Marlon Brando? O Vito Corleone de “O Poderoso Chefão” decidiu rejeitar a estatueta em prol da inclusão de índios americanos em papéis de destaque na TV e cinema nos EUA. Em seu lugar, enviou uma indígena americana que leu seu discurso crítico. Era a segunda vez que alguém teve a personalidade de recusar um Oscar, depois de George C. Scott fazer o mesmo dois anos antes.
Woody Allen
Imagina uma comédia vencendo três prêmios nobres do Oscar (melhor filme, direção e roteiro) e seu diretor simplesmente dar de ombros para isso. Aconteceu com Woody Allen em 1978. Ele ficou com a estatueta, mas decidiu não ir à cerimônia. “O Oscar para ‘Noivo Neurótico, Noiva Nervosa’ não significou nada”, disse o diretor na época, explicando que “nunca gostou de competir”. Sempre mantendo postura independente, Allen nunca teve uma boa relação com a academia americana de cinema.
Sinead O’Connor
Em 1991, a cantora Sinead O’Connor se tornou a primeira e única artista na história a recusar um Grammy. Indicado a quatro prêmios, “I Do Not Want What I Haven't Got” levou em vão o de melhor trabalho alternativo. Ao boicotar evento, a irlandesa afirmou que premiação não passava de “comercialismo puro”.
Jimmy London
Nada que se compara a um Nobel, claro, mas a música pop brasileira também teve o seu "esnobão". Em 2007, o antigo Video Music Brasil criou três categorias de brincadeira, entregues pouco antes da premiação oficial: “gostosa do ano”, vencida por Claudia Leitte, “gostoso do ano”, levada por Di Ferrero, e a infame “pança de mamute”, cujo vencedor foi Jimmy London, vocalista do Matanza. Com sua sinceridade habitual, London não quis nem saber da “homenagem”, que foi então entregue a Rodrigo Koala, da banda Hateen.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.