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No cruzeiro de Roberto Carlos, Tom Cavalcante faz piada com alarme falso

Carlos Minuano

Do UOL, em Búzios (RJ)

11/02/2014 13h35

O falso alarme que tumultuou o cruzeiro de Roberto Carlos virou piada no show de Tom Cavalcante, também realizado a bordo navio MSC Preziosa, na noite desta segunda-feira (10). "Fiquei triste quando soube que não foi minha sogra que tinha pulado", brincou o humorista.

Tom abriu o espetáculo fazendo graça com a vida que tem levado na Califórnia, para onde se mudou em julho de 2013. "Estava de bobeira em Los Angeles quando o Rei me convidou para esta edição especial do cruzeiro", contou ele. Mas não economizou nos elogios à sua "terrinha" natal, o Ceará. "Por que será que nasce tanto cearense humorista?", perguntou à plateia. "Se não der certo como garçom vai ganhar a vida com o humor", comentou em seguida.

A piada foi gancho para emendar elogios caricatos e cearenses célebres como Renato Aragão, "nosso Chaplin nordestino", conforme disse. Na lista, Tom incluiu referências carregadas de humor a Tiririca, Falcão e Chico Anysio, que, segundo ele, "abriu as portas da Rede Globo, após uma década batendo na porta da emissora".

Outros personalidades foram inseridas nas piadas de Tom. Sobrou para a presidente Dilma, o ex-presidente Lula e até para o dono da Record, o ex-patrão do humorista e pastor Edir Macedo.

Tom encerrou sua apresentação imitando Roberto Carlos, que o assistia na plateia. Pouco antes do final, o cantor recebeu do humorista uma rosa, seguida de um beijo, abraço e muitos elogios.

A embarcação do Emoções em Alto Mar, que comemora dez edições, deixou o porto de Santos na tarde de sábado e no domingo chegou a Búzios, no litoral do Rio. O cruzeiro ficará em alto mar até quarta-feira.

Conversa em alto mar

O cantor Roberto Carlos teve um encontro com jornalistas na noite de domingo (9) a bordo do navio. "Estou melhor do TOC [Transtorno Obsessivo-Compulsivo]. Sentei numa cadeira roxa e nem percebi", brincou o cantor, referindo-se às manias de evitar as cores marrom e roxo.

Outro caso famoso do TOC do cantor envolve a música "Quero que Tudo Vá Para o Inferno", sucesso de 1965 e que está banida de seu repertório desde a década de 1980. "Mas este ano ainda eu volto a cantar 'Quero que Vá Tudo...'", disse ele, sem completar o restante do título.

Durante a conversa com jornalistas, Roberto Carlos retomou o assunto das biografias não autorizadas. "A questão é equilibrar o direito de privacidade com a liberdade de expressão. Um direito não pode prejudicar o outro". O cantor disse que, hoje, é a favor da biografia não autorizada desde que obedeça a esse equilíbrio. "Eu me considero dono da minha história. Isso é propriedade minha. A comercialização das coisas em torno da minha história tem que passar por mim".

Na noite do mesmo domingo, Roberto fez um show para os passageiros, com direito a um calhambeque vermelho inflável no palco.