Em novo livro, Bridget Jones cinquentona se diverte com gafes tecnológicas
O terceiro livro da série Bridget Jones, "Louca pelo Garoto", que chega às livrarias brasileiras nesta quarta-feira (30), surpreendeu os fãs antes mesmo do seu lançamento no Reino Unido, no começo deste mês. Eles souberam que a protagonista, agora com 51 anos, enfrentaria o luto pela morte de Mark Darcy, com quem ela se casou, teve dois filhos e criou uma família típica de comercial de margarina. A decisão da autora Helen Fielding de matar o mocinho gerou revolta nas redes sociais, mas não impediu de o livro ficar entre os mais vendidos.
Capa do livro "Bridget Jones: Louca pelo Garoto", que sai no Brasil pela Companhia das Letras
A Bridget Jones de agora é uma cinquentona mãe de Billy e da caçula Mabel, que era ainda bebê quando o pai morreu. Apesar de mais velha, Bridget continua insegura e contando os quilos acusados pela balança, as calorias ingeridas e as doses de álcool consumidas. Os rótulos continuam, só que em vez de solteirona, ela agora é uma mulher de meia-idade que, após viver o luto pela perda do marido, é incentivada pelos amigos a voltar à ativa.
Como esperado, é nessas circunstâncias que a protagonista comete as maiores gafes e rende as primeiras risadas. Ela precisa se atualizar com as novas tecnologias, ou melhor, com as redes sociais. Até porque muita coisa mudou desde o lançamento dos dois livros anteriores, "O Diário de Bridget Jones" e "No Limite da Razão", nos anos 1990.
É a amiga Talitha quem dá os conselhos: "Tudo mudou desde que você era solteira. Não tinha mensagem de texto. Não existiam e-mails. As pessoas se falavam pelo telefone. E tem mais, as mulheres hoje estão mais sexualmente agressivas e homens estão naturalmente mais preguiçosos".
Sem saber por onde começar, Bridget considera o Facebook, mas é desestimulada. "Tenha cuidado. É um bom jeito de manter contato, mas você vai acabar olhando fotos e mais fotos de ex abraçados a novas namoradas e depois descobrir que ele não é mais seu amigo no Facebook", diz a amiga Jude.
Bridget, então, cria uma conta no Twitter e vira @joneseybj (que existe de verdade, mas não tem nenhum tuíte) --na versão em português do livro, o perfil dela no Twitter é @JonesinhaBJ, mas a conta não foi registrada. Ela fica obcecada em ter cada vez mais seguidores e, entre eles, conhece Roxster, o garotão de 29 anos que inspirou o nome do terceiro livro da série. Entre tuítes sem noção e troca de mensagens de texto no celular enquanto estava bêbada, a leitura de “Louca pelo Garoto” nos mostra a mesma Bridget que conquistou uma legião de fãs mais de dez anos atrás. Impossível não se identificar com ela. Afinal, #quemnunca cometeu um #fail tecnológico na vida?
A comédia é o principal tempero deste terceiro livro, mas também há momentos emocionantes envolvendo o luto pela morte de Mark Darcy e a tentativa de Bridget recuperar a autoestima e acordar para a vida. E para quem se perguntou aonde Daniel Cleaver teria ido parar, ele continua o mesmo, só que virou aquele coroa patético que dá em cima de todas as mulheres, insiste na velha pergunta sobre a cor da calcinha e acaba como quebra-galho quando Bridget precisa mesmo é de uma babá para cuidar das crianças.
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