Bienal do Rio reúne veteranos e novas apostas da literatura fantástica
A Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que acontece de 29 de agosto a 8 de setembro no Riocentro, na capital carioca, reúne nomes conhecidos dos fãs da literatura fantástica nacional em diferentes subgêneros, indo da chick lit - literatura para mulheres ao estilo "Sex & the City" e "Gossip Girl" - ao pós-apocalíptico, passando pelo infantil.
Reúne até mesmo um autor que fez sucesso literário indiretamente, caso do destaque internacional Corey May, norte-americano que é um dos principais roteiristas da série de videogame "Assassin's Creed". A saga da batalha entre as ordens dos assassinos e templários - em uma história que mistura ficção científica, história e teorias da conspiração - se tornou um fenômeno editorial no Brasil quando adaptada aos livros, contabilizando 450 mil exemplares vendidos. Corey May vai falar no evento justamente sobre a convergência entre games e literatura no dia 1º de setembro (domingo).
No dia 7 de setembro, a Bienal recebe um escritor que ajudou a despertar o interesso dos brasileiros pela literatura fantástica nacional. Quando André Vianco lançou "Os Sete" de forma independente em 2000 iniciou uma mitologia própria de vampiros demônios e criaturas próprias. O sucesso inicial sem editora foi surpreendente considerando que a internet ainda engatinhava na época. Na Bienal, Vianco lança seu primeiro livro infantil, "O terrível ataque das rãs do Nepal", início de uma série de dez volumes.
O criador da série de desenhos e livros "Princesas do Mar" Fábio Yabu é outro autor nacional que trafega entre o infantil e o adulto, com seu heterônimo de horror Abu Fobiya. Na Bienal, ele mostra seu novo livro infantojuvenil, "A Última Princesa" e fala sobre as influências mitológicas e históricas em sua obra no dia 4 de setembro.
Eduardo Spohr, autor de "Batalha do Apocalipse", é outro escritor que ajudou a difundir a "cultura geek" da internet para a literatura com sua saga de batalhas entre anjos. No evento do Rio de Janeiro, ele falará sobre o tema "Guia prático para entender os nerds", além de discutir seu mais novo livro, "Anjos da Morte", da série "Filhos do Éden".
De apenas 24 anos, a jornalista Carolina Munhóz divulga seu terceiro livro na Bienal do Rio, "Feérica", sobre uma fada que ingressa em um reality show musical com sonhos de fama, riqueza e sucesso. A obra mistura o gênero da fantasia com a chick lit ao estilo de autoras como Cecily Von Ziegesar e Meg Cabbot.
Com mais de 200 mil exemplares vendidos em sua trilogia "Dragões de Éter", Raphael Draccon traz à Bienal seu quinto livro, "Fios de Prata: Reconstruindo Sandman". A obra acompanha o jogador de futebol Mikael Santiago, que sofre de sombrios sonhos lúcidos e se tornará central em uma disputa entre diferentes manifestações do Sonhar que coloca em xeque a segurança de toda a humanidade.
O ilustrador Affonso Solano apresenta sua estreia literária na Bienal, "O Espadachim de Carvão", a história cheia de ação do guerreiro filho de um deus da terra fantástica de Kurgala que precisa descobrir a identidade de um misterioso grupo de assassinos que o persegue.
E das mesas dos Role Playing Games para os livros chega "O Código Élfico" novo trabalho do editor de RPGs Leonel Caldela. A história segue a história de uma pequena cidade brasileira chamada Santo Ossário, que serve de palco para o encontro entre uma jovem de passado misterioso e um elfo que tenta evitar que sua raça invada nosso mundo e escravize os humanos.
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