Nova versão de X-Men chega às bancas apenas com personagens femininas
Os X-Men viraram X-Women. Desde a última quarta-feira (29), quando chegou às lojas dos EUA e dispositivos digitais o novo número 1 da revista "X-Men", o mais famoso grupo de mutantes dos quadrinhos passou a ser formado apenas por super-heroínas. São elas: Tempestade, Vampira, Jubileu, Kitty Pryde, Rachel Grey e Psylocke.
A mudança faz parte de uma renovação nos títulos da editora de quadrinhos americana Marvel chamada Marvel Now, que começou em novembro de 2012 e ainda reflete em alguns heróis. Junto com a nova revista, a editora disponibilizou uma série de capas alternativas, incluindo uma versão de Tempestade desenhada pelo mestre da HQ erótica italiana Milo Manara.
"Os X-Men são tão ricos em personagens femininas fortes que o nosso line-up só tem 'classe A'. Você pode criar um time desses com os olhos fechados. Todas as estrelas estão lá", garantiu o escritor responsável pelo título, Brian Wood, em entrevista ao site do canal de TV CNN.
Segundo o roteirista, a mudança é mais do que uma estratégia de marketing e veio para ficar - ao menos enquanto durar o emprego dele à frente do título. "Eu realmente acredito que vá pegar. Nós não vamos trazer os caras de volta só para aumentar as vendas", avisou Wood, que além de trabalhos na Marvel é conhecido por HQs autorais (e com fortes personagens femininas) como "Channel Zero" e "Local".
Conhecida pela coragem em abordar temas como homossexualidade, intolerância e preconceito, esta é apenas a segunda vez que a Marvel aposta em um grupo de personagens formado apenas por personagens femininas - o outro exemplo é a também nova e ainda pouco conhecida série "Fearless Defenders".
Jeanine Schaefer, editora da revista dos "X-Men", admite o risco de fracasso, especialmente ao lidar com um título tão tradicional, com milhões de leitores pelo mundo.
"Essa não é a primeira vez de um grupo só de mulheres nos quadrinhos, mas existe um histórico de ser algo mais difícil de fazer. Para mim é complicado, porque eu quero fazer. Se não for bem sucedido, vão dizer que foi porque era um grupo de mulheres", disse Schaefer em entrevista à CNN.
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