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Jabuti amplia número de categorias e dá destaque para única obra a partir de 2011

Da Redação

22/03/2011 14h03Atualizada em 22/03/2011 17h48

Em sua 53ª edição, o Prêmio Jabuti anunciou esta terça-veira (22) o aumento do número de categorias -- em vez de 21, terá agora 29 --, e a premiação de apenas um livro por categoria -- antes, eram premiados três. De acordo com a Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora do prêmio, o objetivo das mudanças é cobrir "de forma mais adequada" os segmentos do mercado editorial brasileiro e "dar maior destaque aos vencedores de cada categoria".

Foram incluídas as categorias Ilustração; Turismo e Hotelaria; e Gastronomia. Já Comunicação, Artes e Fotografia passam a ser três categorias distintas -- antes elas dividiam espaço com Arquitetura e Urbanismo. Da mesma forma, Tecnologia e Informática -- que dividiam espaço com Ciências Exatas -- passa a ser uma única categoria. Educação configura agora categoria solo -- anteriormente estava junto a Psicologia e Psicanálise. Por fim, Ciências Naturais, que estava ao lado de Ciências da Saúde, é uma categoria nova.
 
Nesta edição, aumenta também o valor total dos prêmios em dinheiro. Passa de R$ 123 mil para R$ 147 mil.
 
As inscrições para o Jabuti começam nesta quarta-feira (23). Podem concorrer obras inéditas, editadas no Brasil entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2010. A participação é aberta a editores, escritores, autores independentes, tradutores, ilustradores, produtores gráficos e designers.
 
Jabuti polêmico
Em 2010, o prêmio criado em 1958 foi marcado por uma polêmica. Um grupo de manifestantes pediu, por meio de abaixo-assinado na internet, que o compositor Chico Buarque devolvesse o prêmio. Apesar de segundo colocado na categoria romance com "Leite Derramado" -- atrás de "Se Eu Fechar os Olhos", livro de estreia do jornalista Edney Silvestre --, Chico Buarque faturou o principal troféu do Jabuti.
 
A escolha de um único livro por categoria, uma das mudanças anunciadas esta terça-feira (22), não permitiria a vitória como Melhor Livro do Ano -- prêmio máximo do Jabuti -- de uma obra inicialmente segundo colocada, como ocorreu em 2010. 
 
Já o aumento do número de categorias, outra novidade, é o oposto sugerido por dois editores. Tanto Sergio Machado, presidente da grupo editorial Record, quanto Luiz Schwarcz, diretor da Companhia das Letras, propuseram menos categorias em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo em novembro de 2010.