3 razões pelas quais o Disney+ pode ser a principal ameaça à Netflix
A Disney, uma das maiores empresas de entretenimento do mundo, acaba de entrar nos serviços de streaming.
Dos clássicos como Branca de Neve e A Pequena Sereia às histórias dos super-heróis da Marvel, o Disney+ vai reunir o conteúdo produzido durante quase um século em uma única plataforma que começou a funcionar nesta terça-feira nos Estados Unidos, no Canadá e na Holanda.
Com uma enorme campanha publicitária que incluiu um trailer de duas horas para mostrar o conteúdo que pode ser encontrado no novo serviço de streaming, a empresa entrou em uma difícil batalha pela atenção do público sedento por entretenimento.
Atualmente, os serviços com maior número de usuários no mundo, Netflix, Amazon PrimeVideo e a recém lançada Apple TV+, viram com atenção a nova aventura da Disney.
O Disney+ é o mais recente lançamento de uma companhia que não parou de crescer nos últimos 30 anos.
Entre as recentes aquisições da empresa estão os estúdios de animação da Pixar, pelos quais pagou US$ 7,4 bilhões em 2006, e a Marvel, comprada em 2009 por US$ 4 bilhões. Com esta última, a Disney conseguiu os direitos de histórias em quadrinhos da famosa companhia e tem faturado bilhões de dólares com filmes do Capitão América, Pantera Negra e Capitã Marvel, entre outros.
Segundo o site da Disney, a aquisição mais cara de todas foi a da empresa 21st Century Fox, concluída este ano por US$ 71,3 bilhões.
Agora, boa parte de toda essa produção audiovisual estará disponível no Disney+, embora nem todo o conteúdo já possa ser visto desde o primeiro dia.
Em março de 2020, o serviço ficará disponível no Reino Unido, França, Itália e Espanha. Para a América Latina ainda não há uma data definida para o lançamento. Em uma conferência no início deste ano, a empresa disse que o serviço ficará disponível na região no primeiro trimestre de 2020.
Diante de tantas opções para assistir a filmes e séries, surge a discussão sobre o que o Disney+ apresenta de diferente em relação a outras plataformas, e em que ponto o novo serviço pode competir com a Netflix, que continua com sua vantagem confortável de 158 milhões de assinantes em todo o mundo, segundo dados do portal Statista.
A BBC reuniu três razões pelas quais o Disney+ pode se transformar em um forte concorrente da Netflix.
1 - Conteúdo para a família
Embora a Netflix já tenha um grande catálogo de conteúdo para crianças, jovens e adultos, a Disney promete oferecer na mesma plataforma clássicos antigos como Aladim e A Bela e a Fera, além da série de filmes de Toy Story e da saga Star Wars.
Além disso, o novo streaming oferece uma série baseada na história de Star Wars chamada O Mandaloriano. A série se passa anos após os eventos relacionados ao episódio 6 da saga, O Retorno de Jedi.
A série animada dos X-Men, o filme Vingadores: Ultimato e as 30 temporadas de Os Simpsons também devem ser parte do conteúdo do novo serviço.
O Disney+ também terá os documentários da National Geographic, uma alternativa à ampla gama de documentários sobre a natureza disponíveis na Netflix, incluindo séries da BBC como Blue Planet ou Planet Earth.
Aparentemente, o Disney+ vai oferecer séries e filmes para vários tipos de gosto, algo que também pode ser dito sobre o Netflix.
No entanto, a empresa fundada por Walt Disney em 1923 começa no negócio de streaming com conteúdo próprio e exclusivo, enquanto a Netflix é uma plataforma que tem produções audiovisuais de todo o mundo, não apenas em inglês.
A Netflix é conhecida no mundo audiovisual como uma empresa aberta a novas propostas que diversificam as opções de seu já extenso catálogo.
Um dos acordos que mais chamaram a atenção nos últimos meses foi um contrato assinado entre a Netflix e o casal Barack e Michelle Obama para produção de conteúdo.
2 - Diferença de preços
A Disney+ entra no mercado com um preço mais barato que o da Netflix.
O serviço custará US$ 6,99 por mês (R$ 29) ou US$ 69,99 por ano (R$ 299), enquanto a Netflix aumentou o preço do seu plano mais popular de US$ 10,99 (R$ 45) para US$ 12,99 (R$ 54) para seus assinantes dos Estados Unidos.
Esse aumento ainda não foi colocado em prática em grande parte da América Latina.
No Brasil, a assinatura Premium da Netflix, que dá direito a 4 telas simultâneas, custa R$ 45,90. O plano padrão custa R$ 32,90 e o mais barato, R$ 21,90.
No entanto, para novos usuários, a Netflix oferece um mês de uso gratuito, enquanto o Disney+ permite acesso livre por apenas uma semana.
3 - Dispositivos e conectividade
Embora todas as plataformas de streaming exijam o uso de uma conexão ativa e estável à internet, as empresas oferecem opções para compartilhar a mesma conta entre diferentes dispositivos e permitem a visualização offline. No entanto, nem todos nas mesmas condições.
A Netflix, por exemplo, permite baixar séries, documentários ou filmes, mas eles devem ser visualizados em um determinado período de tempo. Em alguns casos, a visualização deve ser feita em até uma semana após o download - depois o arquivo é excluído automaticamente. Outros conteúdos permanecem na memória dos dispositivos por menos de 48 horas.
Também permite compartilhar a conta entre diferentes dispositivos, o que faz com que muitos usuários compartilhem suas contas com familiares e amigos ? o número de dispositivos permitidos vai depender do plano assinado. O Premium é o que permite mais telas ? quatro, no total.
O Disney+ funcionará em quatro dispositivos ao mesmo tempo. O conteúdo poderá ser baixado de forma ilimitada, e sete perfis diferentes podem ser incluídos, todos pelo preço de US$ 6,99 (R$ 29). O valor da assinatura no Brasil ainda é incerto.
Acredita-se que preço mais baixo sirva inicialmente para conquistar uma parte dos usuários que estão em outros serviços. Com o tempo, ele pode aumentar ou a Disney pode oferecer outros planos com opções diferentes por um valor mais altos.
Como a Netflix, o Disney+ pode ser visto em chamadas smart TVs, celulares, tablets e consoles de vídeo game.
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