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De CNN a GloboNews, mídia oferece conteúdos gratuitos em tempos de covid-19

Guga Chacra chorou ao falar sobre coronavírus durante cobertura da GloboNews - Reprodução/GloboNews
Guga Chacra chorou ao falar sobre coronavírus durante cobertura da GloboNews Imagem: Reprodução/GloboNews

Em Paris

17/03/2020 08h44

Os veículos de comunicação estão multiplicando as iniciativas para acompanhar seus leitores e público durante a crise do coronavírus, oferecendo acesso gratuito e programas adaptados para crianças.

O The New York Times foi um dos primeiros veículos a adaptar sua oferta à pandemia e, na semana passada, criou uma seção dedicada ao coronavírus com artigos disponíveis gratuitamente.

"Acreditamos que nosso jornalismo pode ajudar as pessoas a tomar decisões com base em boas informações em tempos incertos", ressaltou o jornal canadense Globe and Mail, que lançou uma iniciativa semelhante.

Wall Street Journal, Vanity Fair, The Atlantic, Wired, bem como várias publicações locais e especializadas seguiram o exemplo.

Outros meios de comunicação importantes, como o Washington Post e a Bloomberg, propõem um boletim diário de coronavírus, com artigos disponíveis gratuitamente.

Forte demanda

A iniciativa responde a uma demanda dos internautas. Mas especialistas também são cada vez mais solicitados por jornalistas, como Marc Lipsitch, epidemiologista de Harvard, que explicou no Twitter "receber mais de cem demandas" por entrevistas diárias e que prioriza os meios com acesso aberto.

Na França, o jornal Le Monde anunciou uma iniciativa semelhante neste fim de semana em um editorial sobre a crise dos coronavírus: "Para responder às suas perguntas, facilitar suas decisões em sua vida pessoal e profissional, disponibilizamos vários artigos para você grátis".

Para este jornal, trata-se de combater informações falsas e rumores e, ao mesmo tempo, mostrar seu "compromisso a favor do interesse geral", de acordo com seu diretor, Jérôme Fenoglio.

Como muitas outras mídias, o Le Monde criou um "paywall", um sistema que limita o acesso de artigos aos assinantes para aumentar sua renda em face da queda nas vendas de papel.

Outro jornal francês, Le Figaro, anunciou uma jogada semelhante: "Um espaço no topo da nossa home page com os cinco artigos mais importantes sobre o coronavírus em termos de saúde pública. Eles estão abertos a todos os nossos leitores", tuitou Benjamin Ferran, editor-chefe adjunto.

No Brasil, o canal informativo GloboNews abriu seu sinal na internet, como forma de informar a população. O sinal da CNN Brasil também está gratuito na TV por assinatura.

Ajuda educativa

Ocupar crianças e adolescentes também é motivo de preocupação para muitos pais, uma vez que as escolas estão fechadas em muitos países, como Espanha, Itália e França.

Na França, vários meios de comunicação propõem uma ajuda educativa, como o L'Etudiant, que criou uma página dedicada às "notícias do coronavírus do ponto de vista da vida escolar" e oferece informações e conselhos práticos.

A rede France 5 transmite desde segunda-feira um novo programa educacional diário em parceria com o ministério da Educação para ajudar crianças entre 8 e 12 anos de idade a estudar.

Outros jornais também levam em conta as necessidades dos pais, como na Itália, onde o confinamento foi decretado. O jornal La Repubblica propõe há vários dias um boletim informativo chamado "O que fazer em casa?", com dicas de leitura e programas audiovisuais.

SPCine

A plataforma pública de streaming da Prefeitura de São Paulo, SPCine, também liberou conteúdo. Todos os filmes, espetáculos, shows e performances poderão ser assistidos por streaming.

Um dos destaques do catálogo é o especial Mês da Mulher, com obras de cineastas brasileiras como Tata Amaral, Lúcia Murat e Helena Ignez. Há ainda raridades de Zé do Caixão e Hector Babenco, por exemplo.

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