Diamantes de valor incalculável são roubados em museu na Alemanha
Três ornamentos com diamantes e rubis de valor incalculável foram roubadas nesta segunda-feira em um museu em Dresden, no leste da Alemanha, que abriga uma coleção de tesouros única na Europa.
Pelo menos dois ladrões conseguiram hoje, pouco antes das 05H00 local, entrar no museu - cujo sistema de alarme foi perturbado pelo fogo de um transformador elétrico -, e roubar três peças do século XVIII, fugindo em seguida, indicaram os investigadores à imprensa.
"Estamos surpresos com a brutalidade do roubo", admitiu a diretora do museu, Marion Ackermann, em coletiva de imprensa.
A diretora fez alusão a um prejuízo de valor histórico e cultural "incalculável".
As joias faziam parte do chamado Museu Grünes Gewölbe, localizado em um castelo da cidade e que contém uma das coleções mais importantes de tesouros da Europa.
Pouco antes do roubo, um incêndio destruiu um transformador elétrico perto do museu, interrompendo o sistema de alarme.
Os investigadores, no entanto, se recusaram a vincular os dois eventos.
A diretora não pôde fornecer uma estimativa quantificada do prejuízo.
"Não podemos reduzir a um valor porque as peças não estão à venda", disse Ackermann.
Segundo as autoridades dos museus da cidade, os ornamentos roubados eram "parte do patrimônio cultural do mundo".
Dada a notoriedade das peças, as joias dificilmente podem ser comercializadas no mercado. Desta forma, as autoridades do museu acreditam que os ladrões podem querer reciclá-las de outra forma. "Isso seria terrível", afirmou a diretora do museu.
Os ladrões entraram por uma pequena fenda aberta em uma janela do museu.
A polícia isolou completamente a área do museu, que permanece fechado. Os ladrões conseguiram entrar no câmara verde de Augusto II da Polônia, que reinou no século XVIII.
A partir de 1723, Augusto II da Polônia depositou no local peças do Renascimento e do Barroco.
Construído no século XVI, o museu possui uma das maiores coleções de joias antigas da Europa.
Possui peças únicas de ourives, pedras preciosas, porcelanas, esculturas de marfim ou âmbar, bronzes ou outras pedras preciosas.
Parte do museu, um das mais antigos da Europa, foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial durante o bombardeio dos Aliados de 13 de fevereiro de 1945, antes de ser reconstruído.
O Exército Vermelho havia apreendido uma parte das obras, levadas à União Soviética, antes de ser repatriadas em 1958 para Dresden, uma das principais cidades da antiga RDA.
Uma das peças mais importantes do museu, um diamante de 41 quilates, está atualmente em exposição no Metropolitan Museum, em Nova York.
O ministro-presidente da Saxônia, Michael Kretschmer, lamentou o roubo e disse que "não apenas as coleções de arte do Estado haviam sido roubadas", mas que o roubo afeta "todos os saxões".
O roubo é "um ataque à identidade cultural de todos os saxões", disse o ministro do Interior da região, Roland Wöller.
O museu foi reformado em 2004. As coleções antigas estão localizadas no térreo, onde o roubo foi cometido, e o primeiro andar recebe exposições temporárias.
Este é o segundo roubo de relevância na Alemanha nos últimos anos, depois o de uma peça de ouro gigante de 100 quilos em 2017, avaliada em cerca de 3,75 milhões de euros, no Bode-Museum de Berlim.
Vários suspeitos desse roubo estão sendo processados, enquanto a peça, ao que parece, foi fundida.
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