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Autêntico ou não, grafite de rato atribuído a Banksy é exibido em Tóquio

Suposta arte de Bansky em Tóquio - Reprodução/Twitter
Suposta arte de Bansky em Tóquio Imagem: Reprodução/Twitter

Em Tóquio

25/04/2019 07h46

A cidade de Tóquio exibe a partir de hoje um grafite em estêncil que poderia ser obra de Banksy, enquanto as autoridades pediram ao misterioso artista britânico que entrasse em contato.

Curiosos, amantes da arte e turistas se aglomeravam para dar uma olhada nesta representação de um rato segurando um guarda-chuva na porta de uma instalação técnica no centro da capital do Japão.

"Em caso de problemas, gostaria que Banksy entrasse em contato com os nossos serviços", declarou a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, em meio a dúvidas sobre a autenticidade do desenho, uma vez que o artista ainda não o reivindicou.

Protegido por um vidro, o trabalho foi instalado em uma esquina do prédio municipal tentacular.

"Fala-se tanto sobre esse artista que vim aqui com a expectativa de que ele realmente seja o autor", disse Akihiro Ishikawa, de 71 anos.

"O que eu gosto é que ninguém sabe quem ele é. Eu aprecio esse mistério", ressaltou Riyuko Sato, enquanto seu marido Toshio duvidava que Banksy entraria em contato com as autoridades.

A prefeitura, alertada em dezembro pelos vizinhos, fez um anúncio público um mês depois.

"Temos em Tóquio um desenho de um simpático rato que talvez seja o trabalho de Banksy. Um presente para Tóquio?", questionou Koike no Twitter, acrescentando uma foto ao seu texto.

A data em que o desenho foi feito não é conhecida. Fotos postadas nas redes sociais antes de 2018 sugerem que o desenho é antigo, ainda mais porque parece afetado pelo tempo.

A identidade de Banksy é um mistério bem guardado desde seu surgimento na década de 1990. Sabe-se sua nacionalidade (britânica), sua cidade natal (Bristol), sua página no Instagram com 5 milhões de seguidores e seu site onde posta suas obras, sem outros comentários.

Banksy utiliza sua arte de rua como meio de protesto e zomba de sua recuperação para fins comerciais, como em outubro de 2018, quando causou sensação ao fazer uma de suas obras se autodestruir parcialmente momentos depois de ser vendida em leilão na Sotheby's de Londres por mais de US$ 1,4 milhão.