Cantor R. Kelly é o novo alvo do movimento Time's Up
Apenas alguns dias após o ator Bill Cosby ser condenado, o movimento contra o abuso e a agressão sexual Time's Up urgiu nesta segunda-feira (30) à indústria da música que puna a estrela do R&B R. Kelly.
O cantor, autor de sucessos como "I Believe I Can Fly", enfrenta denúncias de lesões maus-tratos de adolescentes e mulheres jovens.
O grupo "Mulheres de Cor" do movimento Time's Up assegurou que a condenação de Bill Cosby por uma agressão sexual cometida há 14 anos "é só o começo" e pediu "às pessoas de todas as partes que se unam para insistir em um mundo no qual as mulheres de todos os tipos possam seguir seus sonhos livres de toda conduta predadora, abuso e agressão sexual".
O movimento começou uma campanha intitulada #MuteRKelly e pediu à gravadora do cantor, assim como aos serviços de streaming Spotify e Apple Music, que retirem suas canções de seus conteúdos. Também pediram ao Greensboro Coliseum, na Carolina do Norte, que cancele um show do artista previsto para 11 de maio.
"Pedimos investigações adequadas das denúncias de abuso de R. Kelly feitas pelo 'Mulheres de Cor' e suas famílias durante mais de duas décadas", assinalou o "Mulheres de Cor" em comunicado.
A participação do cantor em um show na Universidade de Illinois, em Chicago, foi cancelada depois de uma campanha que circulou um pedido a respeito.
Kelly pediu desculpa aos seus fãs por não poder se apresentar.
"Nunca ouvi sobre um show fosse cancelado por boatos. Mas suponho que haja uma primeira vez para tudo", disse em um vídeo publicado em sua conta no Instagram.
Kelly, de 51 anos, foi absolvido em 2008 de acusações de pornografia infantil depois que o jornal Chicago Sun-Times publicou um vídeo que supostamente o mostrava em atos sexuais com uma menor de idade.
Em abril, uma mulher apresentou uma denúncia à Polícia de Dallas assegurando que Kelly passou a ela uma doença sexualmente transmissível, já conhecida por ele, durante uma relação que começou quando ela tinha 19 anos.
Em 2017, o BuzzFeed News informou que Kelly mantinha seis mulheres praticamente como escravas, com poder sobre a roupa que vestiam, o que comiam e seus encontros sexuais, aparentemente filmados.
Kelly nega todas as acusações. No ano passado disse que estava "espantado e perturbado" com as informações sobre sua suposta seita sexual.
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